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Pai de Caio Ribeiro endossa crítica a Raí por comentário sobre Bolsonaro

Na semana passada, Raí fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro - Marcello Zambrana/AGIF
Na semana passada, Raí fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Da LancePress

06/05/2020 20h00

Dorival Decossau, conselheiro do São Paulo e pai de Caio Ribeiro, ex-jogador do clube e hoje comentarista no Grupo Globo, endossou as críticas do filho ao diretor de futebol do clube, Raí. Na semana passada, Raí fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro e Caio disse que ele deveria se restringir a falar de esporte, o que acabou gerando um bate-boca com Walter Casagrande no último Bem, Amigos.

"O Raí é uma pessoa pública e tem todo o direito de expressar suas opiniões. Agora, não pode, quando está exercendo um cargo no São Paulo e, questionado sobre condutas do futebol, como diretor assalariado, fazer críticas ao governo. O estatuto do clube não permite manifestação política" disse o pai de Caio à Folha de S. Paulo.

"Como o Caio colocou, não se trata de tomar um lado de direita ou esquerda. Achamos que não se deve misturar clube com política", emendou.

Na verdade, Raí não criticou Bolsonaro ao ser questionado sobre futebol. A pergunta feita a ele pela reportagem do Globo Esporte era especificamente sobre política e a conduta do presidente durante a pandemia da COVID-19. O repórter cita que Raí é uma figura de grande representatividade também fora do São Paulo — além de ser irmão de Sócrates, um dos atletas mais engajados com questões políticas na história. Em sua fala, Raí ainda diz que tratava-se de uma opinião pessoal e que não estava falando em nome do clube, já que há pessoas que concordam e outras que discordam desse juízo.

No estatuto do clube, consta que não é permitido que "associados promovam manifestações de caráter político, estranho ao objeto do São Paulo, nas dependências do clube". Embora tenha desagradado a um grupo grande de conselheiros com suas declarações, Raí dificilmente será punido internamente, até por esse não ser o desejo do presidente Leco.