Coordenador do Palmeiras revela regra na base para formar 'camisas 10'

João Paulo Sampaio afirmou que há uma proibição nas categorias de base do Palmeiras para fazer com que o clube lance jogadores de criação. Ele citou Estêvão como exemplo de um movimento que ocorre durante a formação.

O que aconteceu

O coordenador da base do Palmeiras afirmou que está vetado que jovens habilidosos sejam retirados do meio para atuarem nas pontas. Ele deu a declaração, em entrevista ao Podcast Denilson Show, ao falar sobre a escassez de armadores no futebol brasileiro.

Essa mudança, segundo disse, é feita para "proteger" os jogadores de erros. O dirigente mencionou que Estêvão é um exemplo de promessa que se destacava pelo meio e que foi movido para os corredores laterais. A joia alviverde hoje joga como ponta na equipe.

Sampaio acrescentou que a regra foi estabelecida para que se forme "camisas 10" no clube e que não seja preciso buscá-los em países vizinhos. Ele citou o argentino Thiago Almada, do Botafogo, e Arrascaeta, do Flamengo, como exemplo.

Hoje, na base, está quase proibido pegar esse melhor jogador e botar no canto. Quero que ele peguem mais na bola. Às vezes, é feito para proteger, porque ele dribla, erra e o treinador quer botar no canto. E aí [o clube] vai na Argentina para pegar esse 10, baixinho driblador que chega na área. Botafogo pagou agora, maior compra da história do Brasil, tem o Arrascaeta...

Aí eu proibi isso lá. O próprio Estêvao é um 10. Na final do brasileiro sub-17, contra o São Paulo, três gols dele como 10. Às vezes é para proteger o jogador, mas vai atrás fora. Hoje, lá no Palmeiras, tem cinco ou seis que só jogam se for por dentro, porque a gente vai fazer aqui. [Camisa 10] Está em falta. João Paulo Sampaio

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