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Pior time da Europa tem goleiro ex-Vasco e não vence um jogo há 9 meses

Paços de Ferreira de Jordi e cia. amarga a lanterna do Campeonato Português - Gualter Fatia/Getty Images
Paços de Ferreira de Jordi e cia. amarga a lanterna do Campeonato Português Imagem: Gualter Fatia/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

14/01/2023 04h00

O Paços de Ferreira, de Portugal, é o pior lanterna entre as maiores ligas da Europa.

  • O time tem apenas três pontos em 15 rodadas do Campeonato Português.
  • Não venceu nenhum dos últimos 24 jogos oficiais que fez (são 17 derrotas e sete empates).
  • O elenco tem sete brasileiros, incluindo o goleiro Jordi, ex-Vasco.
  • Na semana passada, o clube contratou o mesmo técnico que havia demitido em outubro.

Trata-se do pior time entre as principais ligas europeias, considerando Alemanha, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Holanda, Portugal, Rússia e Turquia. O segundo pior é o Elche, que tem quatro pontos na lanterna do Campeonato Espanhol. Depois aparece o Torpedo Moscou (seis pontos na liga russa).

A última vitória em jogos oficiais foi em 9 de abril de 2022, por 2 a 0 sobre o Marítimo, ainda na edição passada do Campeonato Português. Desde então o Paços de Ferreira só venceu um amistoso contra o Santa Clara, por 1 a 0, em julho. É uma piora considerável, pois na temporada 2021-22 o time foi o 11º da liga portuguesa e ficou longe da zona de rebaixamento.

O elenco tem sete brasileiros, são eles: o goleiro Jordi, ex-Vasco; os defensores Maracás e Flávio Ramos; os meio-campistas Val e Luíz Carlos; e os atacantes Arthur Sales e Zé Uilton. O também atacante Kayky passou por lá por um semestre, emprestado pelo Manchester City, mas já saiu.

Jordi foi atrapalhado por uma lesão grave em Portugal. Ele deixou o Vasco no meio de 2020 e começou bem no Paços de Ferreira, sendo titular na campanha que levou a uma vaga na Uefa Conference League. Depois, porém, machucou o tornozelo e não conseguiu voltar ao mesmo nível: tem apenas seis jogos nesta temporada.

Técnico demitido e recontratado

O técnico César Peixoto saiu e voltou ao clube em três meses. Ele havia começado a temporada no cargo, mas acumulou dez jogos sem vencer e acabou sacado na metade de outubro. No começo deste ano, no entanto, engoliu o orgulho e topou reassumir o time. O sucessor (e antecessor) dele, José Mota, durou apenas sete jogos: cinco derrotas e dois empates.

O presidente jura que o técnico não é um tampão até o rebaixamento. "É uma decisão de gratidão e de convicção, para retomar um projeto", disse o cartola Paulo Meneses na entrevista de apresentação, no último dia 2. Foram oito minutos de discurso para tentar explicar a decisão.

"Seria mais fácil ficar em casa", admitiu Peixoto em seguida. "Tinha contrato com o clube, estava recebendo [salários] da mesma forma e não precisaria do risco de voltar aqui, até para minha carreira. Fiz por convicção", afirmou.