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A última Copa de Messi e CR7

As principais histórias do último mundial dos melhores jogadores do século

Invencibilidade longa da Argentina? Messi já fez melhor dos 11 aos 13 anos

Messi jogou na base do Newell"s Old Boys antes de rumar, aos 13 anos, para o Barcelona - Juan Manuel Serrano Arce/Getty Images
Messi jogou na base do Newell's Old Boys antes de rumar, aos 13 anos, para o Barcelona Imagem: Juan Manuel Serrano Arce/Getty Images
e Bruno Andrade

Colunista do UOL, em Lisboa (Portugal)

17/11/2022 04h00

Classificação e Jogos

A Argentina vai chegar ao Qatar com 36 jogos de invencibilidade (25 vitórias e 11 empates), tendo conquistado a mais recente triunfo por 5 a 0 no amistoso diante dos Emirados Árabes Unidos, na última quarta-feira, Abu Dhabi, no teste final antes do arranque da Copa do Mundo.

A sequência iniciada na Copa América de 2019 é significativa, mas não chega a ser um feito de outro mundo para um nome em especial: Lionel Messi. Sabe bem o que é ficar um longo período sem perder. Mesmo muito antes de se tornar jogador profissional.

Dos 11 aos 13 anos, o ídolo argentino foi a sensação da equipe sub-13 do Newell's Old Boys. Liderou o time numa campanha imbatível que durou cerca de dois anos (oficiosamente, foram mais de 100 jogos a pontuar). Uma marca que até hoje é recordada com enorme carinho na cidade de Rosário, onde nasceu.

"Todos gostavam de nos assistir. Conseguíamos muitas goleadas", contou o antigo goleiro Juan Cruz Leguizamón, um dos destaques secundários da "Máquina", como aquele grupo ficou conhecido na região.

"O Leo fazia gols incríveis. Pegava a bola no meio-campo e corria com ela grudada no pé, só parava dentro do gol. Apesar de muito pequeno, ele já jogava como adulto", completou, numa entrevista publicada em 2015 pelo portal argentino RNB.

Leguizamón foi dos poucos companheiros de Lionel Messi que "vingaram" no futebol. Chegou a passar pelas categorias de base do Boca Juniors e jogou quase dez anos consecutivos no Central Córdoba, que geralmente militava entre a terceira e a quarta divisão argentina.

Outros jovens daquela época também seguiram carreira. Federico Rosso, zagueiro, atua até hoje no Chacarita Jrs. Primo da esposa de Messi, Antonella Roccuzzo, o ex-meia Lucas Scaglia jogou, entre vários países, na Espanha, na Grécia e também nos Estados Unidos. Defendeu o Once Caldas na Copa Libertadores de 2012 e pendurou as chuteiras em 2019.

A boa parte dos garotos ficou pelo caminho e não demorou a mudar de rumo, como, por exemplo, o ex-volante Emanuel Correa. Trabalha nesta altura num frigorífico. O ex-lateral Gerardo Grighini esteve durante algumas temporadas nas divisões intermediárias na Itália, mas rompeu o ligamento por três vezes e desistiu da bola. Passou então a ser dono de um boliche.

Enrique Domínguez, o Quique, era o treinador de Messi na base do Newell's Old Boys. Atualmente, é mais conhecido por ser pai do ex-zagueiro Seba Domínguez, que passou pelo Corinthians, entre 2015 e 2016, fez sucesso pelo Vélez Sársfield e agora faz comentários na ESPN Argentina.

O craque argentino e camisa 30 do PSG desde a temporada passada, depois de 20 anos com a camisa do Barcelona, costumava chamar Quique de "Papai Noel", por causa do cabelo grisalho, bigode e físico acima do peso.

"O meu pai encerrou a carreira assim que Messi deixou o Newell's. A partir disso, não dirigiu mais nenhum time. Teve algumas coisas, tentou, mas houve um antes e depois após a despedida de Messi. Ali foi como se o meu velho tivesse perdido a fé no futebol", revelou Seba, em 2021, ao Infobae.

Aos 35 anos e decidido a jogar a sua última Copa, Lionel Messi é liderado por Lionel Scaloni na seleção argentina, que vai buscar o tricampeonato mundial no Qatar (venceu em 1978, 1986), a começar pelo duelo com a Arábia Saudita, na próxima terça-feira, dia 22, no Estádio de Lusail. Pintou a 37ª partida sem perder dos hermanos?

Errata: este conteúdo foi atualizado
Ao contrário do que foi publicado no primeiro parágrafo da matéria, a Argentina venceu 25 jogos na atual sequência de invencibilidade e não 26.