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Ceni fala em analisar com calma futuro no SPFC e quer vaga na Libertadores

Rogério Ceni, treinador do São Paulo, durante a final da Copa Sul-Americana -  Franklin Agencia Press South/Getty Images
Rogério Ceni, treinador do São Paulo, durante a final da Copa Sul-Americana Imagem: Franklin Agencia Press South/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

01/10/2022 20h58

Rogério Ceni se mostrou conformado com a derrota do São Paulo para o Indepediente del Valle na final da Copa Sul-Americana, por 2 a 0, nesse sábado (1), em Córdoba, na Argentina. Na entrevista coletiva oficial do torneio, o técnico não estava tão cabisbaixo como se poderia supor.

Prova disso é que já falou sobre os próximos jogos do time no Brasileirão e até projetou o ano de 2023. A declaração até dissiparia a possibilidade que ele mesmo levantou, de não seguir no clube, se perdesse a decisão desse sábado. Mas o técnico preferiu deixar o assunto em aberto.

Indagado sobre o tema, ele não foi direto para dar um sim ou não: "Vamos analisar nos próximos dias, temos um jogo adiado e o jogo contra o Botafogo no Brasileiro. Vamos analisar com calma", disse.

"Temos de fazer o máximo de pontos possíveis para tentar uma vaga na pré-Libertadores do próximo ano, para não começar 2023 como 2022. Por mais que a gente tenha chegado na final do Paulista, na semifinal da Copa do Brasil e na final da Sul-Americana, e financeiramente pode ter sido um ano bom, é mais um ano que não conseguimos progredir", disse Ceni.

Rogério também fez questão de reconhecer a importância do torcedor, que se deslocou até Córdoba e fez a sua parte. "A gente lamenta muito pelo torcedor que viajou até aqui com dificuldades em um número muito legal, cantou até o fim, sai chateado e tem uma volta dura para fazer. Isso é o que mais dói. Eles gastaram, vieram e não viram o time sair campeão", disse.

"Temos muito a agradecer ao torcedor neste ano. É lógico que lutamos bastante e tentamos de todas as maneiras construir um time vitorioso. Eles foram fundamentais, foram o combustível nas nossas viradas e momentos difíceis".

Veja outros temas abordados na entrevista.

Importância histórica do jogo e diferença entre os clubes

"Eu acho que hoje era um dia muito importante na história do clube, no qual poderíamos ter mudado essa década de luta e sofrimento sem conquistas [internacionais]".

"A história é muito importante, o tamanho dos clubes, mas o futebol também vive de momento. Talvez o momento do Del Valle seja melhor que o do São Paulo. O tamanho na história tem suas diferenças. Assim como o momento de um e de outro pode ser colocado na balança".

Nervosismo na partida

"[Hoje,] houve nervosismo e ansiedade em momentos em que poderíamos ter definido um pouco melhor".

"O emocional, a partir do minuto 93, eu não colocaria [tendo impacto] no resultado. Tivemos nossas oportunidades, criamos chances e não fizemos. O Del Valle controlou bem a partida. Sofremos o primeiro gol num chute despretensioso, que bate no Igor e acabamos sofrendo o gol".

"Tivemos chances e oportunidades de muita pressão e poderíamos ter empatado. Mas o tempo foi passando, fomos perdendo o ímpeto e eles tiveram a posse de bola e o controle. Nossas chances foram diminuindo e rareando, e não conseguimos sair daqui com o objetivo, que era ser campeão".

O comportamento dos times no jogo

"Foi um jogo bem dividido em todos os quesitos. Mas, num chute despretensioso, o Del Valle faz a vantagem e se assenta melhor em campo. E é natural que a outra equipe se arrisque um pouco mais".

"Não jogamos no mesmo nível de outros jogos. Estivemos um pouco abaixo. Ter oportunidade não significa que você fez um grande jogo".

"Houve momentos de controle. Nos nossos, não conseguimos fazer os gols. E eles, no minuto 13, fizeram. Encontramos as oportunidades para fazer o gol no início do segundo tempo. Foram três, quatro oportunidades. E aí, quando a gente sofre o segundo gol, fica muito mais difícil".

"Eu acho que o Del Valle cedeu bastante espaço para o São Paulo. Tivemos muitas conclusões dentro da área. Mas a equipe deles soube trabalhar bem a bola, soube esfriar o jogo, gastar tempo nos momentos de pressão. Eles também tiveram um pouco mais de sorte em lances mínimos, como no cabeceio do Calleri, conclusão na cara do gol, chute do Nestor".

"É inegável que o Del Valle é um bom time. E realmente, o principal, é que eles tiveram calma e controle de jogo quando a gente pressionou e souberam fazer a bola caminhar, gastar tempo. Foram inteligentes".

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