Celular ajuda torcedor a driblar deficiência visual para ver os jogos
O jovem Guilherme surpreendeu e emocionou muita gente nas últimas semanas. Fã de futebol, o torcedor de 14 anos encontrou um jeito para driblar as deficiências visuais que tem e conseguir acompanhar a vitória do Palmeiras sobre o Goiás pelo Campeonato Brasileiro, em 7 de agosto: o zoom da câmera do celular.
Tio de Guilherme, Renan contou ao UOL Esporte que o sobrinho, na verdade, é são-paulino, mas pediu para ir ao jogo do Palmeiras, porque sonha em conhecer os estádios espalhados pelo mundo. Assim que chegou ao Allianz Parque, o palmeirense avisou aos amigos que o pequeno usaria o celular para conseguir enxergar o jogo lá no gramado.
"Eu e meus amigos costumamos brincar que temos um pacto quando assistimos aos jogos do Palmeiras na arquibancada: não podemos pegar no celular. A ideia é ficar cantando e torcendo o tempo inteiro. Então, eu avisei que não era para fazer brincadeiras com o Guilherme, porque ele ia usar o celular para acompanhar a partida. Quando eu falei isso, o meu amigo já se emocionou e arrepiou todo", contou Renan.
Guilherme sofre com dois problemas na estrutura dos olhos: coloboma de íris e retina, conhecida como a síndrome do olho de gato, que reduz o campo de visão, e luxação do cristalino, que prejudica o ajuste do foco. Com isso, o garoto foi se adaptando a enxergar o mundo de outras formas, sempre precisando colocar tudo bem pertinho da vista. Por isso, a câmera do celular se tornou uma opção.
Leandro Ferreira, torcedor e amigo de Renan, ficou emocionado com a história e pediu permissão para gravar um vídeo de Guilherme e publicar nas redes sociais. A imagem viralizou no Twitter e hoje já conta com mais de 160 mil visualizações. O vídeo chegou ao São Paulo, clube do coração do jovem paulista, que o convidou para ir ao duelo entre o Tricolor e o Red Bull Bragantino no último domingo (14).
Guilherme e os familiares estão lidando até hoje com a repercussão de uma atitude que foi simples para o jovem. Para ele, foi "só" um jeito de driblar a doença na vista para enxergar o máximo possível da partida.
"Eu fui no estádio e não conseguia ver os jogadores e o que estava acontecendo no jogo. Então eu peguei meu celular, dei o zoom e passei a assistir dessa maneira. Foi lá no Allianz Parque que tive essa ideia", comentou Guilherme.
Desde que o vídeo foi publicado, Renan contou que alguns assessores de jogadores entraram em contato com a família, porque queriam conhecer o Guilherme.
"Eu ainda não estou acreditando nessa repercussão toda. É algo bem bacana, a gente não esperava que isso fosse acontecer", comentou Renan. "Meus amigos vieram falar comigo sobre o vídeo, mas eu também não estou acreditando muito ainda em tudo isso. Foi uma atitude simples que emocionou bastante gente", acrescentou Guilherme.
Guilherme e a família dele já têm traçados os próximos planos: conhecer o Canindé, estádio da Portuguesa, e o Castelão, arena do Fortaleza.
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