CPI da Chapecoense aprova indenização de R$ 134 mi para famílias de vítimas
A comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investigou a situação dos familiares das vítimas do acidente aéreo com a delegação da Chapecoense aprovou hoje, por unanimidade, o relatório do senador Izalci Lucas (PSDB-DF). Entre as "evidentes necessidades" está um fundo de 25 milhões de dólares (cerca de R$ 134 milhões) para as famílias interessadas.
Ao todo, o texto faz sete recomendações, como a indenização a vítimas e familiares e responsabilização de cinco empresas (LaMia Corporation, Bisa Seguros, Tokio Marine Kiln Limited e as corretoras Aon UK e Grupo Estratégica) em possível fraude na emissão da apólice de seguro contratada pela LaMia, companhia aérea boliviana.
A CPI foi instalada em dezembro de 2019, mas ficou paralisada por dois anos por conta da pandemia de covid-19 e encerrou suas atividades hoje.
"Quero aqui dizer da minha alegria, da minha satisfação, de a gente ter contribuído, de certa forma, para pelo menos viabilizar esse acordo que foi feito, reparando parcialmente, financeiramente, porque não há como reparar isso de outra forma, não tem como, não há preço para reparar as vítimas todas", disse Izalci à Agencia Senado.
"Mas, de qualquer forma, a gente deu aí mais uma esperança e uma participação, uma contribuição do fundo humanitário, que inicialmente era 15 (milhões de dólares), foi para 25 (milhões de dólares), podendo chegar ainda a 30 [milhões de dólares], mas deixando aí o direito de todos os familiares das vítimas poderem ainda buscar uma outra solução jurídica ", completou.
Apesar do fundo, as vítimas e familiares terão o direito de negociar de forma individualizada e não são obrigadas a desistir de ações já em curso na Justiça.
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