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Libertadores - 2022

Boca vive dias de 'tremendo caos' após eliminação para o Corinthians

Cássio ajuda Benedetto a levantar durante Boca Juniors x Corinthians, jogo válido pela Libertadores - Divulgação / Conmebol
Cássio ajuda Benedetto a levantar durante Boca Juniors x Corinthians, jogo válido pela Libertadores Imagem: Divulgação / Conmebol

Colaboração para o UOL, em São Paulo

10/07/2022 04h00

Demissão do técnico, racha entre elenco e diretoria, capitão barrado pelo interino e, por fim, comemoração simbolizando a crise. Tudo isso viveu o Boca Juniors em quatro dias, desde a eliminação para o Corinthians, em casa, pelas oitavas de final da Copa Libertadores.

O cenário de "tremendo caos", como descreve o jornal argentino Olé, já havia começado pouco antes do jogo, e se aprofundou com a despedida à maior competição do continente.

Confira os principais momentos da caótica semana azul e amarela em Buenos Aires:

Discussão antes do jogo

Horas antes da fatídica queda em La Bombonera, o atacante Darío Benedetto, que posteriormente seria o vilão xeneize em campo, o zagueiro Marcos Rojo, o capitão Carlos Izquierdoz e o goleiro reserva Javier García discutiram com diretores do clube, reivindicando o prêmio pela conquista do último Campeonato Argentino. O ídolo e vice-presidente do clube, Juan Román Riquelme, também estava no encontro entre os membros da cúpula do Boca.

Segundo a imprensa local, a reunião não foi nada amigável e o clima prevaleceu no confronto diante do Timão, que saiu vitorioso na disputa de pênaltis.

Mensagens de protesto após eliminação

A eliminação ante os corintianos levou os dias do Boca de mal a pior: o primeiro ato após o jogo foram as mensagens de protesto pintadas em muros do centro de treinamento e outros locais da sede do clube.

Uma delas foi direcionada a Riquelme: "Acabou o Roman$e", em alusão ao nome do dirigente e ex-jogador.

Demissão do técnico

Ainda na quarta-feira, o técnico Sebástian Battaglia foi demitido. "O Boca Juniors anuncia que Sebastián Battaglia já não é o técnico da equipe principal e agradece por sua contribuição ao longo deste ciclo", escreveu o clube, em comunicado.

Ídolo xeneize, Battaglia chegou em agosto de 2021, e, apesar do título argentino, sequer concluiu um ano no cargo.

Capitão barrado por interino e comemoração simbólica

O até então último episódio da crise havia ocorrido na sexta-feira (8), quando o técnico interino, Hugo Ibarra, barrou o capitão Cali Izquierdoz, um dos quatro atletas que havia discutido com os dirigentes, dos 11 titulares para o jogo de ontem (9), diante do San Lorenzo.

Como se não bastassem polêmicas em somente quatro dias, o confronto contra El Ciclón, pela sétima rodada do Campeonato Argentino, deu à rixa entre elenco e diretoria um novo capítulo.

O zagueiro Marcos Rojo marcou o primeiro gol do confronto, que não impediu a derrota de virada por 2 a 1, tirou a faixa de capitão de seu braço, a beijou e comemorou diretamente com Izquierdoz no banco de reservas.

"Foi muito mais que um gol. Muito mais que um festejo. Muito mais que uma mensagem", descreveu o Olé, que citou a comemoração como uma "guerra declarada" por parte de Rojo.