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Derrota para Corinthians põe Riquelme na berlinda, e quem paga é o técnico
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Vice-presidente de futebol do Boca Juniors, Juan Román Riquelme vive uma situação que já sobrevoou seu trabalho em outros tempos. Questionado como jogador ao perder a Libertadores de 2012 para o Corinthians, uma nova derrota para o Alvinegro, agora como dirigente, tem tirado seu sossego em Buenos Aires.
Carrasco dos brasileiros como atleta, Riquelme viu o jogo virar e tem sido muito cobrado por três eliminações na Libertadores, e as três para clubes do país. Além de amargar a derrota de agora para o Corinthians, ele sofreu também no ano passado, com o Atlético-MG, e na edição de 2020, ao cair ante o Santos na semifinal.
Anunciada ontem, a demissão do técnico Sebastián Battaglia, afinal, constata a cobrança do "mundo Boca" sobre Riquelme.
Ele sabe que só vai disputar mais uma Libertadores, a do ano que vem, antes de tentar a reeleição no clube. O pleito está marcado para dezembro de 2023 —e a próxima competição continental já tem o clube xeneize garantido pelo título no último Campeonato Argentino (versão Copa da Liga Profissional).
Idas e vindas
Nas análises depois da saída de Battaglia, ficou constatada a realidade que reflete o Boca dos últimos tempos. O técnico que não ganha a Libertadores é dispensado. Foi assim com Rodolfo "Vasco" Arruabarrena, Guillermo Barros Schelotto e Gustavo Alfaro, sim. Mas Miguel Ángel Russo, que disputou o torneio duas vezes, contraria este histórico. Vem daí a sensação de que Riquelme poderia ter mais paciência com Battaglia.
A queda do atual técnico se deve por três razões.
A primeira delas, a falta de futebol escancarada com a eliminação para o Corinthians, que se trancou na defesa e ainda assim não foi vazado pelo Boca.
A avaliação da diretoria: não vencer o Alvinegro em nenhuma das quatro partidas disputadas não condiz com a intenção do clube de voltar a conquistar a América.
A segunda tem a ver com a entrevista coletiva depois da derrota, quando Battaglia criticou a falta de reforços. Tal afirmação caiu mal entre os dirigentes e os jogadores —esperava-se um respaldo maior em um momento tão difícil para os atletas.
Por fim, a necessidade de suportar a pressão com um comandante mais experiente.
Já há conversas com Ricardo Gareca, que não deve seguir com a seleção do Peru. A coluna informou que Gareca e Boca vinham negociando já no ano passado.
Com um treinador de peso, Riquelme sabe que vai encarar a última Libertadores do atual mandato com maiores chances de vitória.
Em campo e nas urnas. E isso certamente vai estruturar seu raciocínio daqui até lá.
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