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Como foi a passagem de Rincón pelo Real antes de se tornar ídolo no Brasil

Do UOL, em São Paulo

14/04/2022 09h44

Freddy Rincón, ídolo do Corinthians e da seleção colombiana, faleceu hoje (14), aos 55 anos, em decorrência dos ferimentos sofridos após um acidente de carro. O ex-jogador, que fez história pelo clube do Parque São Jorge no final do século passado, também defendeu outros clubes brasileiros e teve uma passagem discreta pelo Real Madrid.

Rincón chegou ao clube da capital espanhola em julho de 1995, pouco antes de completar 29 anos, vindo do Napoli, da Itália. Antes, ele tinha passado por equipes colombianas e pelo Palmeiras, onde conquistou o Campeonato Paulista de 1994. No entanto, sua estadia na Espanha durou exatamente um ano.

Pelo Real Madrid, foram apenas 21 partidas disputadas e um gol marcado, de acordo com dados do site 'Transfermarkt'. Em julho de 1996, o ex-jogador retornou ao Alviverde Paulista. Após sua saída, ele criticou o clima do vestiário dos Merengues em sua passagem pelo time.

"É muito difícil. O vestiário do Real Madrid é algo que eu não posso acreditar que tenha em uma equipe no mundo. São dificuldades, egos, orgulho e ciúme", disparou, em entrevista antiga ao jornal 'AS'. "São uma série de coisas que prejudicam um equipe a ir para a frente", completou.

Em outra entrevista, o colombiano disse que o racismo estrutural foi o principal motivo para não ter emplacado com a camisa do Real Madrid. "Me faltou ser branco. Não sofri racismo no dia a dia, mas para jogar dentro do clube, sim. Com Jorge Valdano foi muito difícil", afirmou, referindo-se ao então técnico da equipe.

"Infelizmente, passei por um período muito triste, porque era uma época de racismo muito marcado. Essa foi uma das coisas que me prejudicaram bastante. Não que tenha me desmotivado, mas fez com que eu não jogasse mais tempo ou tivesse mais chances", completou.

De volta ao Brasil, Rincón ficou por mais seis meses no Palmeiras antes de ser negociado com o Corinthians. Pelo Alvinegro paulista, Rincón venceu um Campeonato Paulista (1999), dois Brasileiros (1998 e 1999) e um Mundial (2000). Ele também defendeu Santos e Cruzeiro no futebol brasileiro.