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OPINIÃO

Saldo do trabalho de Tite na seleção é positivo até aqui? Colunistas opinam

Tite durante treino da seleção brasileira na Granja Comary - Lucas Figueiredo/CBF
Tite durante treino da seleção brasileira na Granja Comary Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Colaboração para o UOL, em Santos (SP)

24/03/2022 11h40

Classificação e Jogos

Se tudo caminhar como previsto, Tite fará na noite de hoje (24), às 20h30 (de Brasília), no Maracanã, contra o Chile, pelas eliminatórias da Copa do Mundo, a sua última partida pela seleção em solo brasileiro. No fim de fevereiro, o técnico confirmou que deixará o time do Brasil após o Mundial do Qatar.

Depois da partida desta quinta-feira estão previstos mais seis desafios da seleção antes da Copa, mas serão todos fora do país: Bolívia, em La Paz, pelas Eliminatórias, já na semana que vem, e cinco amistosos contra adversários indefinidos em países ainda não divulgados pela CBF. São três em junho e dois em setembro, Seleções da Ásia, da África e a Argentina estão nos planos. Europeias, quase impossível.

Aproveitando a possível despedida de Tite do Brasil, convocamos os colunistas do UOL Esporte para opinarem sobre o seguinte tema: qual o saldo do trabalho de Tite na seleção até aqui? Confira as respostas:

No geral, positivo. Assumiu em uma fria, classificou a seleção para a Copa de 2018 com campanha avassaladora. Ficou para um ciclo completo de quatro anos e também se classificou antecipadamente. Disputou duas Copas América no Brasil. Ganhou uma e perdeu final para a Argentina de Messi em outra. Mas para se consagrar no Brasil, só ganhando a Copa. Parreira e Dunga fizeram ciclos quase perfeitos até os mundiais de 2006 e 2010, vencendo Copa América, eliminatórias e Copa das Confederações, mas sem o título principal sempre fica o estigma do fracasso. Já Felipão em 2001 foi humilhado por Honduras na Copa América, classificou o Brasil para o Mundial na última rodada, mas como venceu, dentro de um contexto favorável que envolveu arbitragens "polêmicas" e favoritos eliminados, virou a nossa última grande referência de sucesso. O errado que deu certo.
ANDRÉ ROCHA

Os números mostram um saldo positivo até aqui. Brasil tem time forte e organizado, com uma ideia de jogo definida. Claro que a oscilação é natural e acontece em todos os continentes. O caminho para Copa nunca foi construído de maneira tão tranquila. Agora, o desafio para o Brasil será sempre o topo do mundo. A análise final será em dezembro.
ANDREI KAMPFF

É um saldo positivo. O Brasil tem um time que tem padrão de jogo, com um sistema defensivo fortíssimo e boas opções para um sistema ofensivo que ainda pode melhorar. Ainda assim, a seleção tem capacidade de enfrentar de igual para igual qualquer outro país na Copa. Quem é mais regular do que o Brasil? Ninguém.
DANILO LAVIERI

É um saldo razoável, com duas classificações sem sustos para as Copas de 18 e 22, uma Copa América, eliminação com boa atuação contra a Bélgica na Rússia, tudo isso com um grupo bom, mas não excepcional. Maior pecado foi perder para Argentina no Maracanã a última Copa América, a da pandemia.
JUCA KFOURI

Perdeu uma Copa do Mundo, ganhou uma Copa América, e perdeu outra pra Argentina na final em casa, tem ótimo aproveitamento e sobrou nas Eliminatórias que disputou. Acho que tem um bom saldo. "Apanha" como todo técnico da seleção: se convoca jogador de time X é criticado porque vai desfalcar, se não convoca é criticado porque privilegia outro clube. Como todo técnico da seleção tem seus preferidos, o que gera polêmica, mas o Brasil vai chegar competitivo ao Qatar e pode brigar pelo título.
MARCEL RIZZO

Os números são incontestes, o futebol, nem tanto. A verdade é que só importa a Copa, e estamos a 9 meses dela com um time ainda a definir - o que não aconteceu no ciclo passado. Mas a escalação de hoje parece ser muito promissora e "fresca". O Mundial no meio da temporada pode ser muito benéfica para esse time!
MARÍLIA RUIZ

O saldo é fraco. Fez uma Copa do Mundo sem brilho, com dificuldades até para vencer Costa Rica. Está com Neymar há seis anos e não conseguiu fazer com que ele melhorasse. A participação na Copa (de Neymar) foi ridícula. Perdeu Copa América no Brasil. Tem ótimos resultados em Eliminatórias.
MENON

Valeu apenas pelos bons resultados apresentados nas Eliminatórias, tanto para a Copa da Rússia quanto para a Copa do Catar. Deu muita sorte na Copa América de 2019 e negou fogo contra a Bélgica em 2018 e contra a Argentina e 2021. A seleção não deve ir longe no próximo Mundial e Abel Ferreira seria o nome perfeito para substituir Tite, que por sua vez poderia até assumir o Palmeiras.
MILTON NEVES

É um saldo razoável, com duas classificações sem sustos para as Copas de 18 e 22, uma Copa América, eliminação com boa atuação contra a Bélgica na Rússia, tudo isso com um grupo bom, mas não excepcional. Maior pecado foi perder para Argentina no Maracanã a última Copa América, a da pandemia.
PERRONE

Jogando apenas nas cada vez mais fracas eliminatórias sul-americanas, os resultados são bons. Mas o time segue cheio de indefinições, principalmente no ataque, e o futebol não encanta. Jogando essa bolinha murcha parece difícil chegar à Copa com chances reais.
RENATO MAURÍCIO PRADO

Até aqui foi regular. O Brasil chegou às quartas da Copa sem apresentar nada de interessante. Tite fez algumas convocações ruins. Passou muito a mão na cabeça de Neymar. Nas Eliminatórias, tem tido um aproveitamento muito bom, mas isso não é suficiente.
RODOLFO RODRIGUES

Bom saldo. O Brasil tem um time organizado e competitivo. Teve bons e maus momentos ao longo desse tempo, mas não vejo nenhum outro técnico brasileiro melhor do que ele no momento.
RODRIGO COUTINHO