Vinícius Jr. vai marcar Isla? Me tira o tubo!

As eliminatórias sul-americanas vão chegando ao fim e a seleção brasileira de Tite ainda não tem um ataque titular. Na próxima partida, contra o Chile, pelo que se pode ver no treino, ele usará Neymar como falso nove e Antony e Vinícius Jr. na pontas. Deve ser a enésima formação usada pelo treinador, que já convocou um sem-número de centroavantes sem que nenhum deles conseguisse se firmar. A culpa é dos atacantes ou do esquema, que transformou a equipe num autêntico cemitério de artilheiros?

Tradicional "carne assada" para o Brasil, o Chile (sexto colocado e fora da próxima Copa, no momento) não deve opor grande resistência no Maracanã e uma goleada dos canarinhos (cáspite!) nem chegará a ser surpresa. As eliminatórias sul-americanas se tornaram um autêntico Me Engana Que Eu Gosto e só os tradicionais "pachecos" conseguem se empolgar com elas.

Deslocar Neymar para o comando de ataque, ainda que não seja para jogar fixo dentro da área, me cheira muito mais a uma medida para preservar o camisa 10, que vive evidente má forma física e técnica, do que solução para o sistema ofensivo brasileiro.

Essa, entretanto, nem é a notícia que mais me tira do sério, vinda da Granja Comary, mas sim a enorme preocupação demonstrada por Tite com os ponteiros, que ele exige que "fechem os corredores para os laterais adversários", eufemismo para que se tornem auxiliares de marcação pelas extremas do gramado.

Traduzindo para o futebolês das arquibancadas, o professor Adenor quer que o Vinícius Jr. marque o Isla! Vou repetir, o Isla... Diante da insistência com tamanha bizarrice (já foi assim no jogo do turno e o moleque do Real Madrid mal chegou ao ataque), parafraseio aquele hilário personagem de Jô Soares, um general que passou anos em coma, ligado a toda sorte de tudos, e quando acordou no CTI e soube das novidades do país, após a abertura, desandou a gritar sem parar:

- Me tira o tubo! Me tira o tubo!

Abre o olho, Mister Sousa!

Com mais de 10 dias para treinar, o mínimo que se espera do Flamengo de Paulo Sousa, nas finais do Carioquinha, é que apresente um futebol significativamente melhor do que aquele, mequetrefe, que vem jogando.

A pressão sobre o novo Mister, que já começa a existir, aumentará exponencialmente caso o tetracampeonato estadual não seja conquistado. Ainda mais agora que o Mister original, Jorge Jesus, ao ser homenageado num congresso de treinadores, em Lisboa, confessou que voltará a trabalhar, no meio do ano, em uma equipe fora de Portugal...