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Justiça italiana pedirá inclusão de Robinho em lista vermelha da Interpol

Robinho teve confirmada a pena de nove anos de prisão por estupro coletivo de uma mulher em 2013 - Montagem sobre fotos VI Images via Getty Images
Robinho teve confirmada a pena de nove anos de prisão por estupro coletivo de uma mulher em 2013 Imagem: Montagem sobre fotos VI Images via Getty Images

Janaina Cesar

Colaboração para o UOL, em Roma (Itália)

20/01/2022 19h08

Condenados em última instância por violência sexual de grupo a uma mulher, Robinho e seu amigo Ricardo Falco terão seus nomes incluídos na lista vermelha da Interpol. A confirmação foi feita por um porta-voz do Ministério da Justiça da Itália, em entrevista ao UOL Esporte,

"A praxe é essa: a Procuradoria Geral de Milão espera a publicação da sentença para emitir a ordem de execução de pena. Em seguida, pede ao Ministério da Justiça que difunda a procura dos condenados inserindo seus nomes na lista vermelha da Interpol. Deste momento em diante, eles passam a ser procurados em todo o mundo", explica Stefano Opilio, diretor-geral de relações internacionais e cooperação judiciária do Ministério da Justiça italiano.

Este processo todo deve levar cerca de um mês. Por isso, segundo Opilio, ninguém sabe com certeza quando Robinho e Ricardo Falco serão incluídos na lista vermelha da Interpol, afinal a bola ainda está com a procuradoria.

O departamento de Opilio é justamente o responsável pelo pedido de captura internacional. Ele explica que este pedido de captura equivale a um pedido de prisão preventiva. O passo seguinte é a polícia brasileira localizar os condenados, e a esta altura pode acontecer duas coisas: Robinho e Falco serem localizados e presos no Brasil ou somente localizados, sem serem detidos.

Seja como for, uma vez que a dupla for localizada, a Itália enviará o pedido de extradição assinado pela ministra da justiça italiana, Marta Cartabia. O documento chegará ao Brasil acompanhado de toda a documentação do caso traduzida para o português.

"Caso a extradição seja negada, vamos pedir a execução da pena no Brasil", completa Stefano Opilio.