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Hulk comenta fase do Atlético-MG e exalta dupla com Diego Costa

Hulk e Diego Costa comemoram gol do Atlético-MG contra o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro - Fernando Moreno/AGIF
Hulk e Diego Costa comemoram gol do Atlético-MG contra o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro Imagem: Fernando Moreno/AGIF

Colaboração para o UOL

08/12/2021 13h52

Como está escrito no hino do Clube Atlético Mineiro e ecoa pelas arquibancadas do Mineirão, o "Galo forte e vingador" ganhou um outro "Vingador" para o elenco, no começo do ano: o atacante Hulk desembarcou em Minas Gerais em 2021 e, rapidamente, se tornou xodó da torcida atleticana, no ano em que o próprio classifica como o melhor da carreira.

Em entrevista ao vivo no programa "Jogo Aberto" da Band, o camisa 7 atleticano falou sobre o título brasileiro, a expectativa para a final da Copa do Brasil, contra o xará Paranaense e também sobre as chances de jogar mais uma Copa do Mundo em 2022. "A gente tem que parar de comemorar, porque já temos jogo importante no final de semana, primeiro jogo da final da Copa do Brasil. Diante do nosso torcedor, em casa, vamos fazer um grande jogo e buscar mais um título, declarou o jogador.

Hulk falou ainda sobre a dupla de ataque que formou com Diego Costa. Também recém chegado ao Atlético-MG, o atacante hispano-brasileiro já convive com rumores de saída e teve seu nome ventilado em Corinthians e Palmeiras. Hulk elogiou o companheiro, mas desconversou sobre a possibilidade de transferência na janela que está por abrir. "Está saindo muito isso na mídia. Até o momento eu não sei, sei que o Diego tem mais um ano de contrato ainda. E ele é um cara de muita qualidade, ajuda muito. Abre espaço, eu gosto de jogar como segundo atacante. E fora ele é um cara espetacular. As pessoas veem no campo toda aquela loucura, mas ele é um cara espetacular, incrível. Para mim, vai ser ótimo ele ficar, é um craque e fazemos uma boa dupla", comentou.

Em conversa bem-humorada com a apresentadora Renata Fan e os comentaristas Denílson e Héverton Guimarães, Hulk exaltou o grupo do Atlético-MG, o treinador Cuca e agradeceu o carinho da torcida com. "O ambiente é maravilhoso. Sempre que a gente via que o jogador estava mais cabisbaixo, não estava jogando tanto, a gente conversava, ajudava a melhorar o ânimo e quando entrava comia a bola. É difícil ver um time que tem 16, 17 jogadores titulares. Tem muito respeito entre a gente... O grupo é de muita qualidade, todos são importantes, mas eu acho que destaques assim, eu ficaria entre o Zaracho, Allan, Keno e Arana", afirmou.

Com muitos anos atuando na Europa e passagens pelo futebol asiático, Hulk chegou para a primeira grande experiência no Brasil, depois de fazer apenas dois jogos pelo Vitória quando foi revelado. O atacante comentou sobre a arbitragem brasileira e sugeriu mais fluidez em campo e menos 'faltinhas'. "Eu, particularmente, não gosto de estar sempre batendo nessa tecla de arbitragem. Por que sempre depois cai em cima da gente. Mas, eu acho que, tendo o VAR, que ajuda tanto, deveria ter menos erros. Quando eu cheguei aqui eu falei para o Daronco que para mim ele é um dos melhores árbitros que a gente tem aqui. Mas, lá contra o Flamengo ele usou a estratégia de parar muito o jogo para ter menos trabalho. E acabamos perdendo, mérito do Flamengo, mas, não teve jogo. Aqui eu sempre converso com os árbitros para deixar o jogo correr, se o jogador fizer cera, deixa entrar a maca 10 vezes, mas dá o tempo no final. Minha única questão é essa: para-se muito o jogo aqui no Brasil", declarou o jogador.

Apontado como favorito ao prêmio de Craque do Brasileirão, Hulk tem números impressionantes no ano: em 66 jogos, marcou 34 gols e deu 13 assistências. É - e dificilmente será alcançado - o artilheiro do Brasileirão, com 19 gols. Além do título brasileiro, Hulk conquistou o Campeonato Mineiro e pode ser campeão também da Copa do Brasil, título que o Atlético disputa com o Athletico em dois jogos, no próximo domingo e na quarta-feira da próxima semana.

Veja outras declarações de Hulk na entrevista no Jogo Aberto:

Pensou que perderia o título?
"A gente, na verdade, nunca colocou que o título seria nosso, até que fosse matematicamente. O grupo teve a humildade de trabalhar e buscar esse título jogo a jogo. A gente sabia que seria difícil, com concorrentes fortes, Flamengo e Palmeiras, depois o Palmeiras ficou mais para trás e focou na Libertadores. Mas a gente queria muito. Conseguimos buscar o resultado contra o Palmeiras, que estava com o time reserva, mas mesmo assim era muito forte. E contra o Bahia, as mexidas do Cuca foram muito boas, quem entrou, entrou bem e conseguiu virar o jogo. Foi um título com a cara do Galo, sofrido e de virada. E para mim foi muito especial ganhar esse título na Bahia, onde eu comecei no futebol".

Diferença do Brasil para outras ligas:
"Falavam para mim que é um campeonato muito difícil e realmente é. O primeiro colocado vai jogar contra o último e sofre. Fomos jogar contra a Chapecoense e foi muito complicado, conseguimos arrancar um ponto que para nós foi muito importante. Pelo que aconteceu naquele jogo, a gente merecia perder até. Sempre quando começa o campeonato, nomeiam 8, 10 times que vão brigar lá em cima e as coisas não acontecem. É o caso do Grêmio, que no começo era tido como favorito e hoje briga para não cair. É por causa do equilíbrio do campeonato brasileiro".

Motivação:
"Mais difícil que chegar é manter. E o Atlético não chegava a tanto tempo, são 50 anos sem ganhar o brasileiro. Era um sonho e passou a ser um sonho nosso, dos jogadores. E agora é trabalhar para manter. Buscar mais, com esse grupo de jogadores que é muito bom, jogadores de qualidade e o clube é muito organizado. E o que me move é a paixão pelo futebol, o amor que eu tenho eplo esporte que mudou minha vida. Eu estou sempre brincando de bola com meus filhos. E enquanto eu sentir que consigo jogar em alto nível eu vou continuar. Quando eu sentir que não dá mais, eu paro e agradeço ao futebol".

América e Cruzeiro:
"O América fez um grande trabalho e pode conseguir essa vaga na Libertadores. E o Cruzeiro é o nosso maior rival, eu não sou um cara que gosta de entrar em polêmica. Poderia falar uma gracinha aqui, mas temos que respeitar o próximo. O torcedor do Atlético vai até me entender. Mas, eu desejo que o Cruzeiro consiga se recuperar, pois é um clube grande com uma história enorme também, grandes jogadores, nosso fenômeno Ronaldo e não merece passar por essa situação que está acontecendo por lá".

Polêmica com Cuca no começo do ano
"Eu sou fominha, gosto de jogar sempre. Foi lá no começo, eu queria jogar e falei para ele 'professor, você vai me conhecer ainda, você não me conhece' e as coisas aconteceram. As pessoas falaram, mas não teve nenhum problema, foi uma coisa de começo de trabalho e depois ele entendeu, as pessoas entenderam e as coisas fluíram bem. Era mais uma questão de recuperar o ritmo, estava há muito tempo sem jogar e eu sou um cara que jogo e não consigo ficar dois dias sem treinar. Mas, daí pra frente deu tudo certo".

Copa do Mundo
"Pode acontecer tanta coisa. Primeiro eu quero jogar essa final da Copa do Brasil, ganhar, se puder. Ir de férias e voltar melhor ainda. Se tiver a oportunidade de voltar à seleção, vou me dedicar e vestir a camisa. E se for para a Copa do Mundo melhor ainda. É um sonho, mas a gente sabe que é difícil, ainda mais com o Tite, que tem muitas opções. Mas para isso eu preciso estar muito bem aqui no Galo e vou me dedicar para isso".