Topo

Dedé revela bronca em Arrascaeta após meia 'varzear' em treino

Dedé acena para o público após partida entre Cruzeiro e Vasco da Gama na Libertadores 2018 - Buda Mendes/Getty Images
Dedé acena para o público após partida entre Cruzeiro e Vasco da Gama na Libertadores 2018 Imagem: Buda Mendes/Getty Images

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/10/2021 14h51

O zagueiro Dedé, atualmente sem clube, disse que, apesar de admirar o talento de Arrascaeta desde o início da passagem do uruguaio pelo Cruzeiro, já teve que dar uma bronca no meia. O defensor contou que a dura foi necessária após um treino em que o hoje jogador do Flamengo parecia desinteressado.

Na opinião de Dedé, Arrascaeta parecia um tanto "avoado" quando chegou ao Cruzeiro e ainda não havia sido questionado por isso. O zagueiro entende que a bronca surtiu efeito, já que as atuações de Arrascaeta melhoraram depois do episódio.

"Ele chegou no Cruzeiro meio avoado do Uruguai e o pessoal deixava. Eu dei uma chegada nele. Falei: 'Você tem que ser o 10 do Uruguai, você tem potencial'. (...) Na época, não tinha nem quantidade de jogador do nível dele na seleção", disse Dedé em entrevista ao "Charla Podcast".

"Foi em um dia em que o Arrascaeta 'varzeou' em um treino. O Bruno Rodrigo deu uma chamada nele. O Arrascaeta no time titular, recuou do meio-campo para o Fábio, do nada, porque alguém falou com ele. Eu e o Bruno Rodrigo saímos do treino, bravos. No outro dia, o Deivid [treinador] reuniu o grupo para falar com Arrascaeta e ele não estava nem aí, 'sem expressão'. Não sei se estava triste, se tinha sentido. E eu fui e falei que ele tinha potencial para se destacar no mundo, que tinha que jogar no Uruguai, que a seleção tinha que sentir a falta dele. Não sei se foi coincidência, mas depois disso, deu um clique", continuou.

Na mesma entrevista, Dedé exaltou Arrascaeta, que considera um dos melhores jogadores com quem já atuou. O zagueiro se referiu ao uruguaio como um "fenômeno" e disse que apostava no sucesso dele no Flamengo, já que ele não costuma se incomodar com críticas ou um ambiente de pressão.

"Ele me agradeceu na hora. É uma simplicidade 'monstra', o moleque é pic*. Depois que eu falei com ele, ele fez o gol da vitória. Pensei: 'Ele vai entrar na história do clube muito rápido'. E foi. É o maior estrangeiro da história. É sinistro, um dos melhores que joguei. Faltava mais compromisso", afirmou.

"O Arrascaeta é um fenômeno. Eu chamava ele de 'sem expressão'. O jogo está rolando, você não sabe se ele está feliz, triste. Do nada, ele faz um lance absurdo. Chute, finalização: absurdo. De primeira, bola rolada, de chapa, bola no alto. Toma porrada. Ele também é bom para tomar a bola, muito rápido no desarme [...] Eu já sabia que ia [dar certo no Flamengo]. Tem muita personalidade. Já joguei com ele sendo vaiado e ele foi o melhor em campo, então ele não sente (pressão). E olha o elenco do Flamengo", finalizou.