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ANÁLISE

Posse de Bola #170: Galo perde, Fla empata, Palmeiras reage e VAR em campo

Do UOL, em São Paulo

18/10/2021 13h39

Líderes do Campeonato Brasileiro, Atlético-MG e Flamengo decepcionaram na rodada diante de Atlético-GO e Cuiabá, com o Galo perdendo de virada em Goiânia, enquanto o Rubro-negro não saiu do 0 a 0 no Maracanã, em jogos nos quais os dois tiveram reclamações em relação à arbitragem, com pênaltis não marcados e um gol anulado no caso flamenguista.

No podcast Posse de Bola #170, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam a rodada do Brasileirão, os tropeços dos líderes, as reclamações a respeito da arbitragem e as atuações dos times, agora com a diferença em 10 pontos entre Atlético-MG e Flamengo, sendo que o clube carioca tem dois jogos a menos.

Juca Kfouri afirma que é inegável que tanto o Atlético-MG como o Flamengo foram prejudicados pela arbitragem, mas que não considera que isso possa justificar as atuações dos dois times.

"Ambos foram prejudicados pela arbitragem. O Atlético-MG ao lhe terem tomado um pênalti no começo do jogo e o Flamengo ao ter um gol anulado no começo do jogo injustificadamente e um pênalti que é dessas coisas absolutamente escandalosas, porque estava na cara do juiz, ele viu o Vitinho levar não foi um, foram dois tapas e não deu pênalti. Não deu pênalti, o VAR não chamou, um absurdo", diz Juca.

"No entanto, nada justifica que Flamengo e Atlético-MG sem nenhum repertório para se livrar de dois times que marcam bem, e o Galo ainda é capaz de tomar dois gols como tomou. São duas decepções, é claro que isso não significa que eles estejam condenados a perder o título brasileiro, porque a situação permaneceu praticamente a mesma, do ponto de vista do Flamengo, essa questão psicológica, porque é claro que é cedo para pensar nela, mas de poder contar apenas com os próprios resultados, é uma lástima o Flamengo não estar mais nessa condição, como estava antes de começar o jogo contra o Cuiabá, mas me chamou muito a atenção a nenhuma alternativa do time do Flamengo para se livrar do ferrolho do Jorginho", completa.

Mauro Cezar Pereira também considera que os clubes tiveram os tropeços nos jogos de ontem muito mais pelo que apresentaram em campo do que pela arbitragem.

"Gente, o Atlético-MG tinha acabado de perder para o Atlético-GO de virada, em uma atuação péssima do Atlético-MG. Aí depois, 'não, porque a arbitragem'. Não dá. A mesma coisa vale para o Flamengo, isso não é argumento", diz Mauro.

Arnaldo Ribeiro discorda em relação à arbitragem e afirma que em um critério menos intervencionista, nenhum dos três lances questionados nos jogos de Atlético-MG e Flamengo seriam marcados e no caso do pênalti pedido pelo Flamengo em Vitinho, não haveria nem mesmo discussão, não fosse a cultura da arbitragem no futebol brasileiro.

"Não é só o VAR, o árbitro tem que ter a mínima interferência e o que é mínima interferência? O cara não pode ficar dando pênalti toda hora, se não for uma coisa clamorosa. Hoje, a faltinha dentro da área é mais falta do que a fora da área no Brasil, é incrível isso. E a questão da expulsão é a mesma situação. Agora existe no Brasil a cultura da máxima interferência da arbitragem com o VAR então do Gaciba, pelo amor de Deus. Eu sei que isso aqui nesse país é complexo porque não tem critério único, cada árbitro faz de um jeito", diz Arnaldo.

"Mas tanto no jogo do Flamengo, quanto no jogo do Atlético-MG, o meu critério é o da mínima interferência, não seria pênalti para o Atlético-MG, não seria gol para o Flamengo com a participação em impedimento e não seria nunca pênalti no Vitinho, que é brincadeira, 47 do segundo tempo, o Yuri está de costas para o lance, vai cabecear para trás e o braço bate na cara do Vitinho. Isso na Premier League não é nem discutido", completa.

O episódio também analisa a recuperação do Palmeiras, a vitória do Fortaleza diante da Chapecoense com polêmica, o Grêmio voltando a vencer na estreia de Vagner Mancini, o clássico entre São Paulo e Corinthians, além do Vasco se aproximando do G4 na Série B.

Posse de Bola: Quando e onde ouvir?

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