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Sylvinho elogia Vitinho e diz que jovens do Corinthians deram resposta

Sylvinho orienta jogadores do Corinthians durante jogo com o Bahia pelo Brasileiro - Walmir Cirne/AGIF
Sylvinho orienta jogadores do Corinthians durante jogo com o Bahia pelo Brasileiro Imagem: Walmir Cirne/AGIF

Colaboração para o UOL

20/06/2021 19h54

Depois de um primeiro tempo com poucas chances, o Corinthians voltou melhor para o segundo tempo diante do Bahia neste domingo (20). Com Fagner mais avançado e com a entrada de Vitinho no meio-campo, o Alvinegro teve duas boas chances de ficar com a vitória, mas deixou o Pituaçu com um ponto conquistado no empate sem gols, pela quinta rodada do Brasileirão.

O técnico Sylvinho destacou a entrada de Vitinho na segunda etapa e reforçou que está buscando opções para variar o meio-campo alvinegro.

"A gente vai buscando melhores escalações, melhorar o time, sustentar parte de meio-campo. O Cantillo tem muita qualidade técnica, quase um meia, se você adiantar um pouco. É um grande organizador, que bem sustentado por Gabriel e Roni. Gostei do Vitinho hoje. Tão pouco tempo, temos de buscar alternativas, esses atletas não vão conseguir jogar o tempo todo, e hoje descobrimos o Vitinho, já conversei com o atleta, já vi treinos, a gente tinha intenção em usar aqui e usamos. Com bom resultado, boa performance, jogando entre linhas, já como meia, chegando, chutando, enfim mostrando um bom jogo. Ainda são jovens, mas vamos fazer de tudo para que eles ganhem minutos, joguem e nós vamos acertando também", contou.

Além do meio-campista, o treinador contou que pretende buscar outras alternativas dentro do elenco. Ciente da dificuldade do torneio, o comandante falou sobre o planejamento do Timão. "Nossa maior preocupação hoje é construir o trabalho, apressar etapas e pulá-las nunca/ Estamos tendo resposta de jovens, atletas sendo elogiados, dentro da estratégia, é um campeonato bastante equilibrado, muito disputado. Acredito que até a décima, 12ª rodada, vamos estar vivendo esse momento de muita motivação de todos, times completos, ainda não chegaram momentos de três amarelos ou algumas lesões que vão ocorrendo. É um campeonato muito difícil, disputado, e estamos pensando a cada etapa. A próxima já é na quinta-feira", concluiu.

O Sport será o próximo adversário do Corinthians, em jogo da sexta rodada do Brasileirão. O compromisso será na Neo Química Arena, quinta-feira (24), às 19h.

Veja outros trechos da coletiva:

Jô como titular

Nós perdemos dois atletas importantes. O Gustavo, lamentavelmente, e também por lesão, o Luan. O Jô teve uma semana que não esteve conosco no jogo passado, mas construiu bem os treinamentos dessa semana, chegou bem para o jogo. Nós reduzimos a área de atuação dele, fez muitas retenções para a gente, algumas bolas aéreas ele conseguiu ganhar e aumenta a nossa altura. É um atleta que está performando pouco a pouco e nos ajudou. Vamos ver as situações que vamos ter com outros atletas para trabalhar para o próximo jogo.

Fagner mais ofensivo?

Nunca parte do próprio atleta. O atleta empresta toda qualidade. O Fagner é um atleta excepcional, tive a felicidade de participar da convocação dele para a Copa do Mundo e outros jogos de Eliminatórias. Conheço bem ele, vem de uma linha de três desde o Vasco e ele aperfeiçoou muito. A maior habilidade que o Fagner conseguiu desenvolver para ser esse Fagner que vocês estão vendo foi a parte defensiva. Isso não sou eu que declaro. Quem declara é o atleta, em gratidão a um, dois, três profissionais que ele passou a trabalhar, e ele diz: eu virei realmente um lateral.

O Fagner tem amplas condições de ir ao ataque, óbvio que o adversário sabe, nós sabemos, vocês sabem. O Atlético-GO, por exemplo, jogou com dois laterais esquerdos, porque sabe que o Fagner é uma ameaça, que tem bom passe, boa construção.

No segundo tempo, os links foram bons e ele conseguiu encontrar mais espaço. É uma questão de resistência. Você vai indo e quebrando a resistência do time adversário, o jogo vai diminuindo intensidade, cansaço vai vindo e você vai encontrando mais espaço. É isso que aconteceu na segunda parte hoje. Nós vamos continuar usando o Fagner na parte defensiva, como sempre, e na parte ofensiva o máximo que pudermos, porque ele tem para dar.

Ramiro fica ou vai para o Al Wasl?

Tenho um feedback muito bom do Ramiro dentro do grupo. É um atleta, pronto, uma carreira, uma construção grande, faz parte do dia a dia, não há necessidade nenhuma de uma conversa. Tendo as oportunidades, vai jogar. Por fora, como ele fez, que para mim é a função dele, mas é um atleta que pode jogar nesse tripé também, por dentro.

Chance para Adson

Na verdade, estamos falando de dois atletas com características bem diferentes, em momentos muito diferentes. Acabei de comentar, o Ramiro tem uma construção de carreira, é um atleta já formado, e o Adson é um jovem talento, que está começando a carreira, em processo de maturação. É dessa maneira que queremos trabalhar, não só nessa função. Otimizar os atletas jovens e dar oportunidades reais.

Evolução defensiva de Vital

O time sofreu um pouco por aquele lado, mas não é uma questão de fragilidade nossa do lado esquerdo. É mais porque os adversários, por coincidência, têm sido muito forte por aquele lado. Estamos nesse processo, o Mateus, que está maturando também, é um jovem atleta, com muita condição, tem esse entendimento hoje, que a parte defensiva ajuda, é precisa fazê-la, os grandes atletas do mundo fazem. Esse equilíbrio também estamos buscando, para que ele também dê profundidade, se posicione melhor e consiga fazer desmarcações para proporcionar esse um contra um, e de infiltração para o gol. Estamos trabalhando nessa linha.

Variações contra adversários mais defensivos

Isso, na verdade, é um cenário mundial. Quando você encontra um adversário que te pressiona menos, baixa suas linhas, vai jogar ali num 4-5-1, ou 5-4-1, enfim, não importa, você tem menos espaço. O que nós buscamos fazer: inversões de bola com o Cantillo. Conseguimos duas boas, inclusive, quase que uma nos gerou o gol, e conseguir infiltrações dos nossos meias, que seja Gabriel, Roni, e quem fez isso muito bem no jogo, no segundo tempo, foi Vitinho. São alternativas que nós vamos buscando para poder suprir. É um cenário mundial. Quando tem uma barreira do lado contrário, em 35, 40 metros de campo, 11 atletas que são plantados ali, dificulta para o Corinthians e para outros clubes também, e temos de buscar soluções para romper isso.

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