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Cuca supera dramas pessoais e disputará mais uma final com o Atlético-MG

Alívio de Cuca se expressou pelo sorriso após goleada em cima do América de Cali, da Colômbia, na Libertadores - VIVIANE MOREIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Alívio de Cuca se expressou pelo sorriso após goleada em cima do América de Cali, da Colômbia, na Libertadores Imagem: VIVIANE MOREIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Guilherme Piu

Do UOL, em Belo Horizonte

11/05/2021 04h00

Parece pouco tempo, mas quase dois meses após Cuca ter sido apresentado no Atlético-MG para substituir o argentino Jorge Sampaoli, muita coisa mudou para o treinador. Ou pelo menos, rumos importantes foram tomados para mudanças que ajudaram o comandante a ter mais tranquilidade para trabalhar na Cidade do Galo.

Desde que retornou ao clube, o campeão da Libertadores em 2013 passou por algumas situações adversas, que foram barreiras iniciais e até psicológicas para o treinador, que já vai dirigir o time em uma final neste retorno a Belo Horizonte. A primeira partida da decisão do Campeonato Mineiro, contra o América, está marcada para domingo (16).

Foram vários os problemas a serem superados pelo treinador, como a rejeição por parte da torcida [por uma acusação de estupro nos anos 1980], conflitos internos no elenco — discordâncias com Hulk —, dificuldades em encontrar a melhor escalação pela transição do esquema de jogo de Sampaoli para sua forma de jogar. Isso tudo, ainda por cima, tendo que conciliar com a situação médica da mãe, que ficou internada — e entubada por certo tempo — por causa da covid-19.

"O Cuca é um dos melhores treinadores, já demonstrou isso aqui no Atlético-MG e em outras equipes. Ele chegou em momento muito questionado por alguns motivos, mas vem demonstrando por que o Atlético-MG o buscou novamente. Com a sequência que tivemos de resultados positivos, ele vem demonstrando resposta e esperamos que a gente possa dar essa continuidade com o Cuca", comentou o zagueiro Réver em entrevista ao Canal Premiére, após a classificação o Galo à final do Campeonato Mineiro.

Decisão estadual

De tantos problemas vividos e tanta desconfiança por uma parte dos atleticanos, agora Cuca chega à sua primeira final desde o retorno ao Galo. No próximo fim de semana o comandante inicia a disputa da final do Mineiro, contra o América-MG, com o primeiro jogo no estádio Independência, neste domingo (16).

"A gente não escolhe adversário. Vamos nos preparar o melhor possível para vencer", declarou o treinador após o empate em 1 a 1 com o Tombense.

"Seja qual for o adversário, ele não vai ter jogos no meio da semana, e nós vamos intercalar duas viagens de Libertadores nesse meio tempo. Então, foi importante preservar a equipe titular hoje e dar rodagem para o restante também", completou Cuca.

Time titular e alívio

E algo que era problema, a definição do 11 inicial alvinegro, já vai sendo desmistificado, pela análise do próprio treinador e entendimento da imprensa e até da torcida.

"Tanto para mim quanto para vocês [imprensa] esses 'testes', e eu não gosto de chamar assim, deram para ter essa noção de quem são os 11, 12, 13, 14, 15 [jogadores mais utilizados]. Peças que você tem para utilizar. Por isso cada jogo é importante", comentou.

Mais tranquilo também pela situação da mãe, que deixou o hospital após se recuperar da covid-19, Cuca passou a data especial pela comemoração do Dia das Mães mais tranquilo.

"Em especial para as mães que estão doentes, por algum motivo estão hospitalizadas. Sei o quanto é ruim, o quanto é difícil para um filho ter que trabalhar e deixar a mãe hospitalizada, como eu fiz, o Cuquinha fez e muitos filhos fazem. Deus abençoou da minha poder estar em casa, agora vem outra etapa que é a recuperação em casa. E pedindo para Deus que ele possa recuperar às mães de todos", pediu.

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