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ANÁLISE

Lavieri: "Nervosismo de Abel passa para o time do Palmeiras"

Do UOL, em São Paulo

15/04/2021 04h00

A derrota nos pênaltis para o Defensa y Justicia, na decisão da Recopa Sul-Americana, mais uma vez mostrou o lado 'explosivo' de Abel Ferreira. O treinador do Palmeiras se irritou à beira do campo e reclamou da arbitragem, em atitudes que se tornaram comuns nas últimas partidas. Tal comportamento tem chamado a atenção e pode ter reflexos na atuação do time.

No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte, com os jornalistas Renato Maurício Prado, Danilo Lavieri, José Trajano e Isabela Ayami, o nervosismo do técnico português foi debatido e, na opinião dos colunistas do UOL, a irritação do comandante influencia o comportamento da equipe, o que nem sempre é algo bom.

"O Abel e seus auxiliares precisam de sessões de yoga para acalmar", brincou Lavieri. Para ele, essa irritação atrapalha. "O nível de nervosismo está muito além e isso passa para o time. O treinador precisa estar à beira do campo para mostrar aos jogadores o que eles devem fazer. Não sei se ele ainda não se acostumou ao Brasil, mas não pode continuar nesse nível de reclamação. A arbitragem foi mal, mas não dá a ele o direito de agir da forma como agiu", comentou.

Renato Maurício Prado concorda. "Ele já era assim em Portugal. Sempre foi extremamente reclamão, nervoso, irritado. Isso passa para o time. Não tem como. Ele exagera. Sem público, isso tudo fica mais evidente. Tinha que ter essa sensibilidade. Agora vai entrar com petição pra não disputar mais pênaltis", ironizou.

Vale lembrar que, além da perda da Recopa Sul-Americana para o Defensa y Justicia, o Palmeiras saiu derrotado em outras duas disputas de pênaltis sob o comando de Abel Ferreira: a decisão do terceiro lugar do Mundial de Clubes da Fifa contra o Al Ahly e a Supercopa do Brasil diante do Flamengo.

Trajano segue a linha de raciocínio de Renato e Lavieri. "Ele é assim, mas depois que ganhou tudo, talvez tenha subido um pouco nas tamancas. Esse nervosismo atrapalha muito o time", criticou.