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Após 2ª condenação de Robinho, jornalistas desabafam sobre perseguição

Robinho é condenado em segunda instância por estupro - Divulgação/Santos FC
Robinho é condenado em segunda instância por estupro Imagem: Divulgação/Santos FC

Colaboração para o UOL, em São Paulo

10/12/2020 17h48

Em outubro deste ano, o Santos anunciou a contratação do atacante Robinho como reforço do clube para a temporada. Na ocasião, muitas pessoas, inclusive jornalistas, se opuseram a isso, pois o atleta havia sido condenado, em primeira instância, por violência sexual na Itália.

Com toda a repercussão, alguns torcedores santistas, favoráveis à contratação de Robinho, hackearam, enviaram ameaças e ofenderam profissionais da comunicação que se posicionaram contra a chegada do atacante. Esse foi o caso de Ana Thaís Matos, comentarista dos canais Globo, e de Marília Ruiz, colunista do UOL Esporte.

Hoje, com a confirmação da condenação, em segunda instância, do jogador pela justiça italiana, as jornalistas usaram suas redes sociais para desabafar sobre o que sofreram. Marília comentou que foi assediada moralmente e que abriu 62 boletins de ocorrência. "Aqui o medo não vai me parar", ressaltou.

Já Ana Thaís fez um desabafo longo falando que sempre vai se posicionar sobre "todo e qualquer caso que envolve a representatividade da mulher no âmbito esportivo" nos canais em que trabalha, e sobre "outros casos" em suas redes sociais. Além disso, enfatizou: "Combatam o arco, não a flecha!''.

Amanda Kestelman, jornalista do grupo Globo, relembrou que, na época da contratação de Robinho, Ana Thaís teve seu número de celular vazado e, por conta disso, teve que desativar sua conta no Whatsapp. Com toda a situação, Ana não conseguiu ser avisada da piora no estado de saúde de seu pai, que acabou falecendo pouco tempo depois.

Além das jornalistas mulheres, Rodrigo Capelo, especializado em negócios do esporte e que atua no SporTV, e Carlos Cereto, apresentador do programa "Tá na Área", do SporTV, também receberam mensagens ofensivas em outubro. Hoje, Capelo comentou que "não podemos esquecer de que esse vazamento dos números não foi ocasional. Foi direcionado e causado por quem queria de algum jeito nos intimidar" e finalizou: "Não conseguiram".