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"Grupo curto"? Abel Braga usa 23 jogadores e restam poucas opções no Inter

Abel Braga usou praticamente todas as armas disponíveis até agora no elenco do Inter - Ricardo Duarte/Inter
Abel Braga usou praticamente todas as armas disponíveis até agora no elenco do Inter Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

27/11/2020 04h00

Abel Braga está em busca do time ideal no Internacional. Depois de tentar manter as ideias de seu antecessor, o argentino Eduardo Coudet, o treinador mudou a formação do time e segue fazendo testes. Ao todo, utilizou 23 jogadores (22 de linha) em quatro partidas, e não tem mais muitos coelhos para tirar da cartola.

A falta de alternativas consistentes remete a uma das principais reclamações do treinador argentino que deixou o clube. O "grupo curto" era tema tratado a cada manifestação de Chacho.

Do grupo principal — presente no site do Inter — Abel só não utilizou seis jogadores de linha. Todos do setor defensivo. Quem não recebeu chance foi: Lucas Ribeiro, Matheus Jussa, Pedro Henrique, Rodrigo Moledo, Léo Borges e Damián Musto. Além, é claro, dos jogadores que já estavam lesionados e só voltam na próxima temporada: Boschilia, Saravia e Guerrero, e dos goleiros Keiller, Daniel, Danilo Fernandes e Emerson.

Com isso, não restam muitas possibilidades no elenco vermelho. A não ser que o treinador encontre nas categorias de base alternativas para suprir as lacunas que ainda existem no modelo de jogo que considera ideal. Como contou o UOL Esporte, Abel encontra dificuldades em impor seu estilo de jogo porque convive com elenco moldado ao estilo de Coudet, que participou da escolha dos jogadores, mas recentemente pediu demissão para trabalhar no Celta, da Espanha.

A busca na base já aconteceu com Caio Vidal, por exemplo, que está virando, aos poucos, membro definitivo do elenco de cima, e até começou como titular contra o Fluminense.

Taticamente, o Colorado partiu do 4-1-3-2 para o 4-2-3-1 e tem mantido tal movimentação nos últimos compromissos.

Oito jogadores participaram das quatro partidas. Marcelo Lomba jogou todas por 90 minutos. Zé Gabriel e Cuesta formaram sempre a dupla de zaga. Uendel e D'Alessandro não começaram sempre no time titular, mas também jogaram todas com Abel. Edenilson e Galhardo foram titulares os quatro compromissos, e Yuri Alberto entrou em todos, mas nunca iniciou no comando atual.

A principal diferença na comparação com o trabalho anterior é a participação muito maior de D'Alessandro, que informou na última segunda-feira (23) que não renovará contrato com o clube e se despede em 31 de dezembro.

Utilizados em três das quatro partidas aparecem Rodrigo Dourado, Rodinei, Rodrigo Lindoso e Marcos Guilherme. Estiveram em campo duas vezes: Abel Hernández, Nonato, Leandro Fernández, Caio Vidal, Mauricio e Praxedes.

Neste bloco a principal novidade é a participação de Dourado, que antes entrava aos poucos, mas atualmente já começou como titular e está firme novamente na equipe. Além de Caio Vidal, que era da base, e Mauricio, que teve pouco tempo para jogar com Coudet.

Com uma oportunidade apenas estão Heitor, Patrick, Peglow, Johnny e Moisés. Destes, Johnny esteve um período com a seleção dos Estados Unidos, Patrick e Moisés se lesionaram, Heitor teve dois jogos suspenso e Peglow foi pouco utilizado por opção.

Até então, Abel tinha convivido com pouco tempo de treinamentos. Agora, com o adiamento do jogo contra o Boca Juniors, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, em razão da morte de Maradona, poderá trabalhar melhor seus conceitos no time. Mas apenas através de seus auxiliares, já que testou positivo para Covid-19 e está em isolamento.

O Internacional encara o Atlético-GO amanhã (28), às 21h (de Brasília), fora de casa, pela 23ª rodada do Brasileirão. O Colorado soma 36 pontos e ocupa o quarto lugar na competição.

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