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Ceni contrariou conselho no São Paulo para subir Brenner, seu algoz no Fla

Thiago Fernandes

Do UOL, em São Paulo

12/11/2020 04h00

Com dois gols anotados, Brenner se destacou pelo São Paulo na vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo, na noite de ontem (11). O atacante, que já soma 17 gols em 26 partidas, foi algoz dos cariocas na estreia do técnico Rogério Ceni, justamente o responsável por promovê-lo ao elenco profissional, ainda em 2017. Na ocasião, o ex-goleiro contrariou recomendações de outros profissionais do clube paulista e bancou a permanência do jovem no CT da Barra Funda.

A primeira partida do jogador no time principal foi em 21 de junho daquele ano, diante do Athletico-PR, na Arena da Baixada. Ele entrou na vaga de Cueva, aos 31 minutos do segundo tempo. Esta foi a sua única participação sob o comando de Ceni. O garoto, com 17 anos à época, ficou no banco de reservas ainda nos dois últimos compromissos da equipe sob a batuta do ídolo — o empate por 1 a 1 com o Fluminense e a derrota por 2 a 0 para o Flamengo. Logo depois, Rogério Ceni foi demitido por causa dos resultados na temporada.

Mesmo que não tenha utilizado Brenner por muito tempo, Ceni teve que comprar uma briga para mantê-lo no plantel. O então treinador das divisões de base, André Jardine, foi contrário à promoção do atleta ao elenco profissional, pois analisava que o jogador não estava preparado para assumir o desafio no time à época.

O pensamento de Jardine era compartilhado por outros membros do departamento de futebol. Apesar da força desfavorável à continuidade no CT da Barra Funda, Brenner permaneceu. Ele impressionou o técnico Dorival Júnior, que decidiu dar sequência ao trabalho feito naquele período.

Em 2018, o atacante seguiu entre os profissionais, mas também participou das atividades com o time sub-23. O movimento de ida para a equipe das categorias de base, que durou apenas três jogos, foi liderado por Diego Lugano, com quem o jovem tinha boa relação naquele momento. Em pouco tempo, fez gols e voltou ao time principal.

Brenner viveu um momento de baixa no ano passado. Em 12 jogos, seis pelo São Paulo e outros seis pelo Fluminense, não estufou as redes. A sua ascensão foi realmente em 2020, sob a batuta de Fernando Diniz. Nesta temporada, já é o artilheiro do time. Nos últimos 11 jogos, período em que recuperou a condição de titular, deixou a sua marca em 13 oportunidades.

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