Corinthians tenta consertar ataque com "novo Jô" e habilidades de Mancini

Após a eliminação na Copa do Brasil, diante do América-MG, ontem (4), o técnico Vagner Mancini avalia que o Corinthians agora precisa melhorar ofensivamente. Na visão do treinador, a defesa já demonstrou evolução, mas o ataque precisa ser mais efetivo. E para isso, diretoria e comissão técnica apostam em duas saídas: contar com um "novo Jô" e na habilidade de Mancini dentro e fora do clube.

Na visão de Mancini e companhia, Jô reestreou com a camisa do Corinthians em 2020 de forma equivocada. O treinador alega que tentaram antecipar a entrada do camisa 77 no time e a estratégia errônea só trouxe prejuízos, que inclui lesões, além de problemas físicos e técnicos.

A volta do Jó é pensada e equilibrada, diante de um cenário que não é aquele que ele estreou, eu não estava aqui no Corinthians, mas é importante falar sobre isso. Ele antecipou sua volta e gerou uma série de complicações de ordem física e lesões. Então nossa cabeça é que o Jô retorne à equipe a partir do momento em que ele tiver uma base montada para executar o que está sendo pedido

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Habilidade externa

Vagner Mancini não esconde que o Corinthians está no mercado da bola em busca de um atacante, mas reconhece também a dificuldade do clube, como a maioria dos concorrentes, para encontrar um jogador com perfil de titular e que não demande um alto investimento. O treinador estuda o mercado para indicar um atacante, assim como fez com o zagueiro Jemerson, ex-Monaco-FRA, que será anunciado como novo reforço da zaga após sugestão do treinador.

"O Corinthians está sempre atento ao mercado, existem dificuldades, estamos atentos, óbvio."

Habilidade interna

Mancini já mostrou ser capaz de encontrar soluções internas para o time corintiano em pouco tempo de trabalho. Aliás, parte desta habilidade favoreceu o setor de ataque. O treinador apostou em dois jogadores como titulares que não despertaram a atenção de Tiago Nunes e Dyego Coelho: casos de Gustavo Mantuan e Davó. O primeiro "subiu" com Coelho, que não insistiu com o "prata da casa". Mancini o bancou como titular, viu o jovem brilhar ao fazer o gol na vitória contra o Vasco, mas o atleta sofreu nova lesão ligamentar no joelho defendendo a seleção brasileira sub-20.

Davó foi o caso mais surpreendente. Contratado do Guarani no início do ano, ele foi considerado um reforço equivocado pela comissão técnica de Tiago Nunes, que quase não utilizou o jogador. Davó foi encostado e assim continuou sob o comando de Coelho, que não deu nenhuma oportunidade ao ex-atacante do Guarani. Após perder Mantuan, lesionado, além de Jô e Boselli, também no departamento médico, Mancini escalou "do nada" Davó como titular contra o Internacional no último sábado. O atacante fez o gol da vitória, e repetiu a boa atuação contra o América-MG ao sofrer pênalti que ocasionou o tento do Timão, além de finalizações e dribles.

Mancini agora olha para outros jogadores esquecidos e também para base para tentar alguma solução caseira que resolva o problema do ataque, pouco perigoso na temporada e também sob seu comando.

"O ataque está oscilando, sempre que chega a um clube, você determina ajustar o sistema defensivo, que está se ajustando, aí você passa para o meio-campo e chega ao ataque. Não dá para esperar muito e temos que tentar as peças. Você perde o Jô e descobre o Davó, o Mantuan havíamos descoberto. Temos elenco com atletas desgastados com sequência de jogos e outros loucos para entrar, e vamos tentar achar a equipe", disse.

"Sobre os meninos da base também, há interação grande entre os departamentos para não escapar nenhum atleta. Tivemos a lesão do Mantuan, do cara que estava se diferenciando nos treinamentos, encontramos o Davó", completou.

Para piorar a situação do ataque corintiano, o meia Cazares, que está fazendo a função de segundo atacante no time alvinegro, sentiu dores musculares e foi substituído no primeiro tempo do jogo contra o América-MG. Após a partida, Mancini já admitiu que deve perder o equatoriano por alguns jogos.