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Em meio a impasse por Robinho, Cuca lamenta falta de reforços no Santos

José Welison, volante do Atlético-MG - Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG
José Welison, volante do Atlético-MG Imagem: Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG

Eder Traskini

Colaboração para o UOL, em Santos

15/10/2020 04h00

O técnico Cuca lamentou o fato de ter perdido até três jogadores que poderiam reforçar o Santos para a sequência da temporada 2020. O Peixe não teve tempo para inscrever Copete e finalizar a negociação por Alê, do América-MG, devido ao novo bloqueio da Fifa pela dívida com o Huachipato (CHI), além de perder José Welison por conta do Estatuto do clube.

O volante do Atlético-MG estava acertado com o Santos desde a venda do goleiro Everson ao Galo. Ele havia entrado na negociação e o clube da Vila Belmiro ficaria com 50% dos direitos econômicos do jogador. No entanto, o Conselho Fiscal vetou o acerto e o volante seguirá em Minas Gerais.

Isso acontece devido ao Estatuto do Santos. Segundo o documento, durante os últimos três meses de mandato da atual gestão, jogadores só podem ser seus direitos comprados ou vendidos mediante aprovação do Conselho Fiscal e do Conselho Deliberativo. No caso de Welison, o acerto parou no veto do órgão fiscal.

"Numa derrota, eu não vou falar coisas que eu não falei na vitória. Mas eu também falei na vitória, em Goiânia. A gente precisa fortalecer o nosso elenco, campeonatos são duros. A gente sabe que tem um elenco curto. A gente tinha o Zé Welison, que não foi aprovado pelo Conselho, outra contratação que estava vindo e não deu tempo. Copete que está voando e eu não posso usar", disse Cuca após a derrota de ontem (14) para o Atlético-GO.

A situação de Copete era mais complicada por ser uma transferência internacional. O colombiano foi emprestado pelo Santos ao Pachuca-MEX, que o repassou ao Everton de Viña-CHI, clube do mesmo dono dos mexicanos. Sem espaço, Copete retornou à Vila Belmiro, mas não pode ser inscrever por questões jurídicas.

Como o contrato de Copete com os chilenos ia até o fim desta temporada, o colombiano precisaria registrar a quebra contratual no exterior e a transferência do vínculo de volta ao Santos, processo que leva um dia útil a mais. Como o Santos só obteve o desbloqueio na Fifa na última sexta-feira (9), o departamento jurídico tentou, mas não obteve êxito em regularizar o atleta, que só deve ficar à disposição de Cuca em 2021.

"Reajo com tristeza. É um jogador que está preparado, é polivalente, poderia nos ajudar muito. O Felipe Jonatan está desgastado. Faz muita falta, mas temos de saber administrar. Não cabe a mim o motivo que ele não está podendo jogar", lamentou.

Copete poderia ser opção na lateral esquerda, posição em que Cuca conta apenas com Felipe Jonatan. O colombiano tem contrato com o Santos até o meio do ano que vem.

Robinho ainda não tem data para estrear

O atacante Robinho ainda depende de aprovação do Conselho Deliberativo para ficar regularizado dentro do Estatuto do Santos e poder estrear pelo Peixe. A contratação do jogador já foi aprovada pelo Conselho Fiscal, mas precisa passar por votação do Deliberativo, como estabelece o artigo 91 do Estatuto santista.

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