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Carioca - 2020

Presidente do TDJ-RJ: confusão no Fla x Flu foi 'sucessão de equívocos'

Partida entre Fluminense e Flamengo pela final da Taça Rio foi transmitida pela FluTV - Reprodução/Twitter
Partida entre Fluminense e Flamengo pela final da Taça Rio foi transmitida pela FluTV Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

09/07/2020 19h21

O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ), Marcelo Jucá, falou hoje sobre a confusão envolvendo a transmissão de Fluminense x Flamengo, ontem, pela final da Taça Rio. Jucá classificou o episódio como uma "grande sucessão de equívocos".

Por ter sido sorteado como mandante, o Fluminense tinha o direito de transmitir a partida com exclusividade após aval da Globo. Porém, o TJD-RJ decidiu acatar no fim da tarde de ontem o pedido de mando de campo compartilhado feito pela Procuradoria do órgão. Assim, o jogo poderia ser exibido tanto no canal tricolor no YouTube - FluTV - quanto nas redes sociais do Rubro-negro - FlaTV, Twitter e Facebook. Já na noite de ontem, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) cassou a liminar do TJD-RJ, o que fez a partida ser transmitida apenas pela FluTV.

"Na minha opinião, saindo da caixa e falando como especialista em direito desportivo, o que ocorreu foi uma grande sucessão de equívocos", disse Jucá em entrevista à ESPN.

Ele ainda falou sobre os problemas que surgiram com a Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que mudou a configuração do direito de transmissão no esporte, cabendo ao mandante a responsabilidade pela exibição.

"Uma Medida Provisória mudou contratos vigentes e gera o primeiro problema. O que estão dentro do contrato vão depender que ele valha. Eles [clubes] fazem isso porque cada um olha o seu interesse, isso é uma cultura do nosso povo", declarou Jucá.

"Os atos de gestão de um presidente de clube são diferentes dos atos de gestão de um conselho de um banco. Imagina o presidente de um grande banco chamar o Jurídico, falar que quer entrar com uma ação e perguntar se tem chance e o Jurídico dizer que não tem chance. Imagina um presidente de clube achando que teve interferência externa, e ele fala a mesma coisa para o seu Jurídico, a chance é zero, e ele fala que quer que entre com a ação. Ele entende que tem que prestar contas para a torcida dele. É preciso 'jogar para a galera', dar essa resposta para a torcida que ele tentou, mesmo sabendo que a chance é zero", finalizou.