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Torcida do Vasco faz campanha para CT ser batizado em homenagem a Barbosa

Moacir Barbosa, goleiro da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1950, no Brasil, com o uniforme do Vasco - Acervo UH/Folhapress
Moacir Barbosa, goleiro da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1950, no Brasil, com o uniforme do Vasco Imagem: Acervo UH/Folhapress

Alexandre Araújo e Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

24/06/2020 15h03Atualizada em 24/06/2020 16h06

A torcida do Vasco iniciou uma campanha para que o CT do clube seja batizado em homenagem ao goleiro Barbosa, que fez história em São Januário. O local, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, tem previsão de ser inaugurado em agosto. O clube ainda não definiu como será a escolha do nome, mas estuda uma votação popular.

Nas redes sociais, diversos cruz-maltinos aderiram à hashtag "CT Moacir Barbosa" e o assunto chegou a ser um dos mais comentados no Twitter.

A ação ganhou ainda mais força após circular uma matéria de 1993 que dizia que Carlos Alberto Parreira, então técnico da seleção brasileira, teria impedido que Barbosa visitasse o elenco na Granja Comary às vésperas da partida contra o Uruguai, pela Eliminatória para a Copa do Mundo de 1994. Tereza, filha adotiva do goleiro, porém, afirmou ao "Vasco Notícias" que não foi isso que aconteceu. Segundo ela, na verdade, houve uma recomendação de Zagallo, que à época era coordenador técnico, ao amigo para que não posasse para uma foto ao lado de Taffarel - para uma matéria para a BBC - para preservar a sua imagem diante de uma eventual derrota.

Tereza alega ainda que a história que acabou publicada em alguns veículos foi a versão de um jornalista inglês, que não teria gostado de não obter a foto.

Barbosa, que ficou marcado pela final da Copa do Mundo de 1950, teve duas passagens pelo Vasco, de 1945 a 1955 e, posteriormente, de 1958 a 1962. Na Colina, foi um dos heróis da conquista do Sul-Americano de 1948, o primeiro título internacional de um clube brasileiro.

Além disso, ainda com a camisa do Cruz-Maltino, conquistou o Rio-São Paulo de 1958 e os Cariocas de 1945, 1947, 1949, 1950, 1952 e 1958.

Barbosa morreu em abril de 2000, após uma parada cardiorrespiratória devido às complicações ocasionadas por um acidente vascular cerebral (AVC). Ele vivia em Praia Grande, São Paulo.

Na final da Copa do Mundo de 1950, no Maracanã, o Brasil perdeu para o Uruguai de virada, por 2 a 1, e muitos consideraram que Barbosa falhou no gol de Ghiggia, o segundo da seleção celeste. Desde então, sempre foi apontado de forma negativa.

Certa vez, o cronista Armando Nogueira chegou a dizer que aquele gol foi uma maldição ao goleiro. O próprio nunca escondeu a mágoa.

"No Brasil, a pena máxima [de prisão] é de 30 anos, mas pago há 40 por um crime que não cometi", costumava dizer.

Barbosa, que chegou a ser funcionário do Maracanã e, na ocasião das trocas das traves de madeira por outras mais modernas, ganhou uma das balizas. Ele a queimou e fez um churrasco.

Obras no CT avançam

As obras no centro de treinamento em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, seguem a todo vapor e caminham para a reta final. O local está próximo de começar o plantio dos gramados, por exemplo.

De acordo com o site "Nosso CT", a obra está dividida em quatro fases, sendo que a primeira já está 100% concluída, a segunda está com 65%, a terceira, 30%, e a quarta, 20%.

No total, mais de R$ 5,3 milhões já foram arrecadados através de vaquinha online (crowdfunding).

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