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Ex-presidente do Cruzeiro comenta dívida com pai de santo e culpa dirigente

Wagner Pires de Sá negou participação na contratação de um pai de santo para tentar evitar rebaixamento do Cruzeiro - Bruno Haddad/Cruzeiro
Wagner Pires de Sá negou participação na contratação de um pai de santo para tentar evitar rebaixamento do Cruzeiro Imagem: Bruno Haddad/Cruzeiro

Do UOL, em Belo Horizonte

25/04/2020 14h47

O ex-presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, comentou sobre o episódio envolvendo a contratação de um babalorixá (conhecido popularmente como pai de santo) no final do ano passado. Wagner confirmou a informação antecipada pelo UOL de que Reginaldo Muller Pádua prestou serviços ao clube celeste para tentar ajudar na luta contra o rebaixamento do Campeonato Brasileiro, mas negou que tenha participado das conversas, citando outros dirigentes daquela ocasião. Dos R$10 mil cobrados pelo serviço, o Cruzeiro ainda deve R$4 mil ao profissional, mas Wagner alega que esse assunto foi tratado por outros diretores.

"Eu não participei dessa negociação. Pelo que eu li, foi um acerto do nosso supervisor, Benecy Queiroz, e o vice-presidente responsável na época, o senhor Zezé Perrella. Uma coisa deles, eu não participei. Falaram que tinha assinatura minha na documentação, mas não é verdade. Francamente, eu não tive nenhuma participação nesse episódio", disse o ex-mandatário, em entrevista ao canal ESPN.

Em contato com o UOL, o babalorixá de 58 anos também confirmou que não fez nenhum contato com Wagner Pires. Segundo Pádua, as únicas pessoas do Cruzeiro que conversaram com ele foram Zezé Perrella e Valdir Barbosa, então integrantes do departamento de futebol da Raposa. Além da dupla, a reportagem também apurou que os pagamentos foram autorizados por Benecy Queiroz, chefe do departamento técnico do clube, e endereçados a uma integrante do departamento financeiro.

De acordo com os documentos que o UOL teve acesso, a primeira parcela paga pelo Cruzeiro, no valor de R$ 2,5 mil, ocorreu às 15h36 (de Brasília) do dia 16 de outubro de 2019, por meio de contas da Caixa Econômica Federal. O processo foi repetido às 14h26 de 13 de novembro, mas a transferência bancária foi de R$ 3 mil. Por último, o clube ainda pagou outros R$ 500 em 28 de novembro, em operação realizada às 11h56. Como o serviço teve valor de R$10 mil e nenhum outro débito foi quitado, o clube ainda possui essa pendência de R$4 mil com o profissional.

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