Mauro: "Se entrar em julho sem futebol, vai complicar a maioria dos clubes"

O cenário do futebol brasileiro, que está parado devido à pandemia do novo coronavírus, ainda é imprevisível. Não se sabe se os Estaduais serão retomados, se o Campeonato Brasileiro poderá ser jogado em seu formato de pontos corridos em dois turnos, como é praticado desde 2003, e muito menos quando será possível ver a bola voltar a rolar.

No podcast Posse de Bola #27, o jornalista Mauro Cezar Pereira aborda uma conversa que teve com o economista Cesar Grafietti, consultor de gestão e finanças do esporte, que aponta um cenário preocupante para boa parte dos clubes caso o calendário brasileiro não possa ser retomado antes do segundo semestre de 2020.

"Ele diz que, se o futebol brasileiro não voltar até julho, ou seja, até o final de junho tem que voltar. Se entrar em julho sem futebol, está muito ruim e vai ficar complicado demais para a maioria dos clubes, é claro, evidente que cada um tem a sua situação financeira", explica Mauro (disponível no vídeo acima a partir de 17:12).

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"Vai complicar muito porque parado desde o final de março, abril inteiro, maio inteiro, se entrar junho e julho, quatro meses, não vai dar. Vai ter clube realmente com toda a dificuldade. Mas estamos ainda no começo de abril, então, vamos aguardar o que vai acontecer, se vai voltar o futebol sem público, que até seria importante porque você volta a receber da televisão, você começa pelo menos a movimentar a economia do futebol, que está parada, está congelada. Esse é um cenário possível, mas que não é certo ainda, é preciso aguardar de fato", completa Mauro.

Mauro cita que é impossível fazer previsões a respeito do retorno do futebol no Brasil e aponta que o cenário em cada país tem suas particularidades em um caso sem precedentes.

"Esse filme é inédito, ainda não conhecemos o final. Em se tratando de Brasil, Estados Unidos ou Itália, cada país é um país, cada cenário é um cenário, cada um com combate à doença de determinada maneira, o vírus. Então, tudo é previsão. Algumas são muito sérias, de pessoas sérias, é óbvio, mas são previsões. A mesma coisa vale para o futebol e quando vai voltar", finaliza o jornalista.

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