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Primo de vítima do Ninho, Werley lamenta 'coisas paradas' um ano depois

Werley era primo de Pablo Henrique, uma das vítimas fatais do incêndio no Ninho do Urubu - Thiago Ribeiro/AGIF
Werley era primo de Pablo Henrique, uma das vítimas fatais do incêndio no Ninho do Urubu Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

06/02/2020 01h09

O zagueiro Werley, do Vasco, lamentou o fato de um ano após o incêndio no Ninho do Urubu, CT do Flamengo, o inquérito ainda não ter tido uma conclusão. O jogador, que entrou em campo nesta noite contra o Oriente Petrolero, da Bolívia, pela Sul-Americana, perdeu o primo Pablo Henrique na tragédia.

O caso aconteceu no dia 8 de fevereiro do ano passado, quando um incêndio atingiu o alojamento das categorias de base do Rubro-Negro. O incidente deixou 10 jovens mortos e outros três feridos.

À época, Werley foi ao Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro e ajudou na liberação do corpo de Pablo. Ele afirmou que a morte do jovem é uma "ferida que nunca vai se fechar".

"É uma situação difícil, né? Sábado faz um ano. Foi um ano muito difícil, perdi um primo que era praticamente um filho. Morou alguns meses comigo. A dor ainda continua, essa ferida nunca vai se fechar. Nem para a nossa família, para os pais dele... Mas temos de seguir a nossa vida. Pablo tinha o sonho de se tornar jogador profissional que, infelizmente, foi interrompido por aquela tragédia", disse ele, que completou:

"Os advogados estão cuidando disso junto com meus tios. Está difícil. Ainda não foi fechado o inquérito. Um ano e as coisas estão paradas. A gente só quer que o culpado seja punido. Alguém é culpado. Como disse, cresci dentro de concentração... Infelizmente, aconteceu ali com os meninos. É entregar nas mãos de Deus e, na hora certa, as coisas vão acontecer".

Até o momento, o Flamengo fechou quatro acordos em 11 negociações. Dos casos finalizados há o aperto de mão com as famílias de Athila Paixão, de Gedson Santos, o Gedinho, de Vitor Isaias e com o pai de Rykelmo.

Com a mãe de Rykelmo, que acionou a Justiça, e com os familiares de Arthur Vinícius, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Jorge Eduardo, Pablo Henrique e Samuel Thomas ainda não houve resolução. As defesas não estão sendo conduzidas de forma coletiva.

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