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Comentarista da Fox critica Marí e J. Jesus por confusões em clássico

Gerson e João Paulo, durante partida entre Botafogo e Flamengo - Thiago Ribeiro/AGIF
Gerson e João Paulo, durante partida entre Botafogo e Flamengo Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Colaboração para o UOL, em São Paulo

08/11/2019 12h11

Paulo Lima não gostou das posturas de Pablo Marí e Jorge Jesus na vitória do Flamengo sobre o Botafogo por 1 a 0. Presente no Bom Dia Fox desta sexta-feira, o jornalista comentou as confusões envolvendo os rubro-negros no jogo válido pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro e voltou a questionar a 'exaltação' ao trabalho do português.

Revendo o desentendimento entre Pablo Marí e Alberto Valentim após o técnico atrapalhar a reposição de bola, o comentarista criticou o defensor rubro-negro por empurrar o comandante rival que, segundo o comentarista, visava 'ganhar tempo'.

"Ele (Valentim) abre as pernas para deixar a bola passar, até porque é um artifício do Botafogo, que está querendo ganhar tempo. (...) Ele deixou a bola passar. Até ai, não tinha feito nada demais", disse Paulo Lima.

"Como não? Ele não pode fazer isso. (...) Ele faz uma proteção ali, evitando o Pablo Marí de pegar a bola", retrucou Jackson Pinheiro.

"Paulo Lima, não é o papel do treinador fazer isso", completou Luciano Calheiros.

"E o Pablo Marí tem o direito de empurrar ele?", questionou Paulo Lima.

"Tem. Claro que tem. Ele quer pegar a bola para jogar, o treinador está evitando que ele pegue a bola para o arremesso lateral. Ele tem todo o direito de empurrar, não de agredir. Ele agrediu o Valentim, Paulo Lima?", respondeu Jackson.

"O Valentim querendo retardar o jogo é uma coisa, o outro é o empurrão. Por isso o Vuaden (árbitro da partida) foi certo ao dar o cartão amarelo para os dois", seguiu Lima.

"O Marí não empurra. Ele quer pegar a bola. Equivocado o cartão para o Marí", discordou Pinheiro.

"Quando um técnico faz isso, Paulo Lima, desculpa, eu vou discordar de você, mas acho um papelão o que fez o Alberto Valentim", completou Calheiros.

"As atitudes dos dois, para mim, são completamente erradas. Por isso, não tiro a correção do Vuaden no cartão amarelo para os dois. Eu só estou dizendo que a questão toda do Alberto Valentim é que o time está com um jogador a menos, a bola está na área técnica dele, ele vai tentar fazer o retardo, mas, em nenhum momento, ele praticou algum tipo de ato de violência. Nem o Pablo Marí foi violento. O Pablo Marí empurrou ele, por isso o árbitro acertou em dar o amarelo", concluiu Paulo Lima.

Na sequência, a bancada debateu o desentendimento entre o técnico Jorge Jesus e o zagueiro Carli ao final da partida. Incomodado com a 'exaltação' entorno do português, Paulo Lima questionou os diferentes adjetivos usados comentar as discussões do clássico da última quinta-feira.

"Aí o Jorge Jesus está certo? Ele invadiu o campo e foi falar gracinha para o Carli. (...) Não tem direito de falar o que falou para o Carli", questionou Lima.

"É uma situação completamente diferente. O que o Alberto Valentim fez foi com a bola rolando. Aí, o jogo acabou", respondeu Jackson.

"Ele (Jorge Jesus) faz isso todos os jogos, vencendo ou perdendo", interferiu Calheiros.

"Aí alivia a barra do Jorge Jesus, e a do Valentim ninguém alivia?", questionou Paulo Lima.

"A gente não está aliviando. O Valentim errou", disse Pinheiro.

"O Valentim errou, e o Pablo Marí também", completou Paulo.

"Estou falando que são coisas completamente distintas. A atitude do Alberto Valentim durante o jogo, e essa atitude do J.J, que também, se ele ofendeu, está errado. Só que não dá para comparar uma ação com a outra. Depois do jogo, o J.J. sempre faz isso de ir até o campo. Se ele falou alguma borracha pro Carli, perdeu a razão", argumentou Jackson.

"Então pronto. Isso que eu estou falando. Lógico que o Alberto Valentim não está certo em momento algum, mas ele está na área técnica dele. O outro chega e empurra. Cartão amarelo para os dois. É como se fosse uma falta de jogo. Por que tem que crucificar um e não crucificar o outro? Por que tem que aliviar para um e o outro, só na forca?", perguntou Lima.

"Todo técnico do futebol brasileiro entra em campo. Também não é novidade que o Jorge Jesus entra em campo. Todos os nossos técnicos sempre entraram em campo. Parece que nós não vivemos nunca essa cultura. Tudo é novidade com o Jorge Jesus. Tudo é novidade agora. O Jorge Jesus entrar em campo é novidade. O Jorge Jesus falar com o jogador do time dele é novidade. Pelo amor de Deus, né? É uma exaltação demais a meu ver", completou.

"O que superexalta o J.J. é o próprio trabalho dele. Não precisa a gente vir aqui e ficar falando do J.J. O que a gente está dizendo aqui é que houve um comportamento inadequado do Alberto Valentim durante o jogo. E um comportamento que sempre existe do J.J. após o jogo. E, neste pós-jogo, ele pisou na bola ao falar com o Carli", falou Jackson.

"O adjetivo do Valentim é 'inadequado' e o do Jorge Jesus é 'pisou na bola'? (...) Ninguém está discutindo que não é inadequado, mas o do Jorge Jesus também é inadequado. Ele não pode entrar em campo e falar com o jogador do Botafogo e chamar o cara disso ou daquilo", seguiu Paulo Lima.

Com a vitória, o Flamengo manteve os oito pontos de vantagem em relação ao Palmeiras. O time de Jorge Jesus volta a campo neste domingo, às 18h, para encarar o Bahia. Já o Botafogo encara o Avaí na segunda-feira, às 20h.