Justiça da Espanha nega recurso e mantém processo criminal contra Neymar
Neymar, o Barcelona e o Santos serão julgados por acusações de corrupção e fraude pela transferência do atacante brasileiro, após os recursos serem rejeitados pela Suprema Corte da Espanha nesta segunda-feira (20).
Com a decisão, o tribunal acata a denúncia do grupo brasileiro de investidores DIS, que afirma ter havido fraude no negócio. O grupo de investidores se considera lesado por supostamente não ter recebido a quantia que lhe cabia da transação envolvendo o atleta. O grupo disse que deveria ter obtido 40% de todos os valores pagos na transferência de Neymar, mas que parte do dinheiro teria sido ocultada.
A mãe de Neymar, Nadine Gonçalves, e a companhia da família N&N também tiveram as apelações rejeitadas.
"O Santos FC, Barcelona FC, Neymar, sua mãe, Nadine Gonçalves, e N&N, companhia da família, perderam suas apelações de terem acusações de fraude e corrupção retiradas", informou o Supremo Tribunal em comunicado.
Eles não poderão apelar contra a decisão da corte.
O caso é parte de uma queixa do grupo de investimento brasileiro DIS, que era dono de parte dos direitos de transferência de Neymar e diz ter recebido menos dinheiro do que deveria quando Neymar se transferiu do Santos ao Barcelona, em 2013.
Investigações foram realizadas na Espanha e no Brasil sobre se alguma parte da quantia de transferência de Neymar foi ocultada quando ele foi para Barcelona.
Para o tribunal espanhol, os argumentos expostos por Neymar em seu recurso deverão ser esclarecidos no julgamento já que é indiscutível a "assinatura do próprio jogador nos contratos" investigados.
O principal argumento do jogador é que ele se manteve fora do negócio e que, desde o tempo em que era menor até alcançar a maioridade "se dedicou exclusivamente a jogar futebol, depositando a sua confiança absoluta e cega em seu pai, para qualquer outro aspecto".
Os juízes consideraram que o argumento é semelhante ao do também jogador do Barcelona Leonel Messi, em outro processo, recordando que ele foi julgado e condenado a 21 meses de prisão e a pagar 2 milhões de euros por fraude fiscal.
(*) com informações das agências Reuters e DW
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.