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Vice do Fla explica confusão no Allianz e ironiza: querem que chore no gol?

Gilvan de Souza/ Flamengo
Imagem: Gilvan de Souza/ Flamengo

Do UOL, em São Paulo

19/09/2016 11h55

Presente no Allianz Parque durante o empate com o Palmeiras na última quarta-feira, o vice-presidente de comunicação do Flamengo, Antonio Tabet, deu a sua versão sobre a confusão ocorrida no camarote dos dirigentes do clube e ironizou a preocupação com o comportamento de rivais em uma partida de futebol.

Segundo ele, houve uma comemoração comedida no momento do gol de Alan Patrick, mas sem desrespeito aos palmeirenses. Quando o time da casa empatou, Tabet e outros dirigentes flamenguistas relataram arremesso de objetos no local.

“Ninguém vai me ver discutindo nem com torcedor do Flamengo em um vídeo, não vou me prestar a esse papel. Torcedores do Palmeiras publicaram e mostraram uma foto minha e falaram que estava provocando. E eu estava só rindo. Eu estava sentado, rindo no gol do Flamengo e isso virou uma provocação. Eu, na teoria, para cabeça de doente - porque para mim o cara é doente -, o cara acha que pelo fato de ser Flamengo, seja torcedor, jogador ou diretor, por estar no camarote do estádio rival eu tenho obrigação que ficar quieto. Querem que eu puxe um lenço e chore lamentando que meu time fez um gol. Não, né. Vou comemorar”, disse em entrevista à "ESPN Brasil".

“Daí começaram a atirar, Atiraram gelo, pilha, isqueiro, sapato.... Um segurança disse 'saiam daí, venham aqui para trás e não saiam mais porque quem está aqui embaixo é a Mancha (Verde, torcida organizada do Palmeiras) e eles podem subir a qualquer momento, eles conhecem os atalhos do estádio'. Não acho que houve dolo de colocar ali o camarote. Só acho desagradável, não é o futebol que a gente quer ver. E entendo que não é toda a torcida, é só uma porção dela”, completou.

No jogo em questão, as torcidas organizadas do Palmeiras e todos os flamenguistas estavam proibidos de comprar ingressos como punição imposta pelo STJD à briga entre torcedores dos times em Brasília, no primeiro turno do Brasileiro. Porém, os dirigentes alegam que a Mancha Verde se agrupou próxima ao camarote flamenguista.

"A punição deixou o estádio sem 20% dos ingressos. Atrás do gol de lá, estava vazio. E tem camarotes em todo o estádio. Eu não sei, e digo isso porque realmente ignoro, não sou administrador do Palmeiras ou do estádio, se aquele camarote é colocado à disposição sempre para os visitantes. Eu não sei. Mas nosso camarote ficou acima daquele lugar que as organizadas estavam combinando de se encontrar antes do jogo. Isso foi público e notório nas redes sociais”, disse Tabet.

“Antes do jogo, e isso é do futebol, as pessoas xingam, hostilizam, Mas a gente estava lá, quieto na nossa. Quando fez 1 a 0, você comemora. Você é torcedor do time. Comemorei na minha. Tem gente que comemora de um jeito mais efusivo, outros menos. Quando o Palmeiras empatou, começaram a atirar objetos. Ai passa do limite do aceitável", completou.

Logo após a confusão, torcedores palmeirenses ouvidos no estádio relataram à reportagem do UOL que os dirigentes cariocas teriam começado o tumulto atacando gelo de dentro para fora dos camarotes - na direção das arquibancadas.

Na ocasião, questionado se teria provocado os palmeirenses, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo, negou. "Só discuti quando o Márcio Araújo foi expulso. Não provocamos ninguém. Falei que era um roubo, e de fato foi. O Brasil inteiro viu esse roubo", completou o mandatário.