Dunga defende trabalho na seleção: 'não quero ter razão, quero ganhar'
Primeiro participante a palestrar no seminário “Semana de Evolução do Futebol Brasileiro”, o técnico Dunga aproveitou sua apresentação para se defender das críticas que sofre pelo trabalho atual à frente da seleção.
No palco do auditório da sede da CBF, Dunga utilizou boa parte de seu tempo para exaltar o trabalho de sua comissão técnica com frases fortes e números.
“Não quero ter razão, não queremos ter razão. Quero ganhar. Sempre comento isso com o Gilmar [Rinaldi, coordenador de seleções]. Muitos sabem, mas poucos conhecem de fato aqui dentro. Falam do trabalho, mas hoje temos campanha igual à de 2010 após seis rodadas. O problema é que precisam sempre de um fato novo. Aí falam em pressão, em tudo. Não tem isso. Técnico precisa de tempo para trabalhar.”, disse o treinador.
“Trabalhamos muito aqui dentro, monitoramos tudo, assistimos tudo, acompanhamos milhares de jogadores. Quando chegamos, queríamos saber de um jogador de 15 anos e não tínhamos informações. Agora não é mais assim”.
Com o tom ríspido habitual, Dunga ainda criticou os comentários de que precisa ter uma relação mais fraternal com os jogadores.
“Não estou aqui para ser o paizão. Tenho que ser pai em casa com meus filhos, aqui tenho de ser profissional, cobrar atitude e respeito. Eles são homens, têm que tomar decisões, ter atitude e comportamento”.
Por fim, Dunga mostrou alinhamento com o discurso da CBF e criticou o excesso de jogos na temporada, atacando especialmente a Primeira Liga.
“Nós reclamamos de tudo, eu me incluo nisso. Pedimos férias, pré-temporada, menos partidas. E aí, para minha surpresa, botamos outro campeonato em cima? Onde estão nossas convicções? Não dá para ser tão contraditório”, finalizou o comandante da seleção.
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