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"Não se ganha com o nome", diz meia mexicano sobre a seleção brasileira

Layún, do México, divide com Granqvist, da Suécia, em vitória por 3 a 0 dos europeus - Gregorio Borgia/AP
Layún, do México, divide com Granqvist, da Suécia, em vitória por 3 a 0 dos europeus
Imagem: Gregorio Borgia/AP

Julio Gomes

Colaboração para o UOL, em Ecaterimburgo (Rússia)

27/06/2018 21h46

A maioria dos jogadores da seleção mexicana tinha a resposta na ponta da língua. “Não iremos falar de qualquer time enquanto não soubermos nosso rival”. Foi o caso do goleiro Ochoa, por exemplo. Após a derrota para a Suécia, eles passavam pela zona de entrevistas com uma expressão menos eufórica do que a vista nos dez primeiros dias de Copa.

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No entanto, quando questionados sobre enfrentar o Brasil, em vez de uma seleção da escola de força europeia, todos abriram um sorriso. O México foi atropelado pelos suecos, seu estilo de jogo não encaixou e o próprio técnico, Juan Carlos Osorio, admitiu que precisa “aprender” a encontrar um meio-termo entre o futebol que ele gosta que seja jogado e um futebol mais de resultados.

Contra o Brasil, o México não precisará mudar muito suas características. São dois times que jogam e deixam jogar, pelo menos se comparados a seleções como a sueca. Além disso, o retrospecto é equilibrado: nos últimos dez confrontos, o México venceu quatro, empatou dois e perdeu quatro (contando a final olímpica).

“Eu comentei desde a primeira partida, o futebol mundial está muito equilibrado. Já não existem mais essas diferenças que havia antes, de o Brasil ser melhor que outra equipe e fazer quatro, cinco, seis gols. Hoje, o Brasil precisa trabalhar mais para ganhar, a Alemanha também, outros favoritos também”, disse o meia Layún, do Sevilla. “Não se ganha com o nome. Hoje em dia o futebol é muito disputado e cada time tem suas características, suas condições. Quem melhor se impuser no jogo vai conseguir a vitória.”

“Contra qualquer que seja o estilo, temos que ser mais inteligentes e temos que saber fazer as partidas que nós fizemos nos dois primeiros encontros (vitórias sobre Alemanha e Coreia do Sul). O Brasil tem outras características, tem condições totalmente distintas (em relação à Suécia), mas da mesma maneira é um rival de muito perigo e seguramente é um dos candidatos ao título”, seguiu Layún.

O zagueiro Salcedo, quando questionado sobre a possibilidade de enfrentar o Brasil e Neymar, logo disse “que Deus e o destino decidam”.

“Estes jogos sempre têm algo especial, como foi o contra a Alemanha. O time tem que estar à altura do momento”, falou Salcedo. “Perder hoje é um balde de água fria, mas é melhor que tenha acontecido agora. A partir de agora são jogos únicos, não há mais margem de manobra, e este aprendizado pode ser importante.”

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