Como será a distribuição do dinheiro da Globo entre os clubes da Libra
O acordo da Libra com a Globo prevê um pagamento de R$ 1,3 bilhão pelos direitos do Brasileiro de 2025 a 2029. A forma de distribuição será diferente do atual contrato da Série A. Por isso, é importante entender qual é o novo critério.
Primeiro, lembremos que fazem parte da Libra, Flamengo, Palmeiras, Santos, São Paulo, Red Bull Bragantino, Atlético-MG, Grêmio, Bahia e Vitória. O Corinthians é uma dúvida porque tem duas propostas: uma da Brax com valores fixos e adesão à Libra.
Sem o Corinthians, o valor do contrato tem um desconto de 10% sobre o total, isto é, fica em R$ 1,17 bilhão. Além disso, há 3% destinados aos times da Série B da Libra, algo em torno de R$ 35 milhões.
Sobram então R$ 1,135 bilhão para serem divididos por nove clubes da Libra, a se confirmar esse número de times na Série A.
Nesta hipótese, 40% do bolo seriam divididos de forma igualitária. Ou seja, do total, seriam R$ 454 milhões para divisão igual. Assim, cada clube ficaria com pouco mais de R$ 50 milhões nesta fatia.
Depois disso, há 30% divididos por posição no campeonato, isto é, R$ 340 milhões. É uma distribuição por posição no campeonato, respeitando uma tabela da Libra.
Aí há uma questão que a tabela foi feita considerando 20 clubes. Portanto, o percentual do bolo tem que ser ajustado - em uma regra de três - para nove clubes.
A tabela prevê que 1º) 9,5% 2º) 9,1%, 3º) 8,6%, 4º) 8,1%. E os outros percentuais na sequência. Os rebaixados levariam 1,25%. Assim, o cálculo tem que ser feito para ajustar esse percentual a nove clubes.
Outros R$ 340 milhões serão distribuídos por meio de audiência. E como será medida? Um instituto terceirizado - possivelmente o Ibope - é contratado para aferir o número absoluto de pessoas que assistiu cada jogo da Libra no Brasileiro.
A partir daí, chega-se a um número absolutos de pessoas que assistiu aos jogos do Flamengo, por exemplo, e outro montante do Palmeiras. Aí faz-se uma proporção de cada um dentro do bolo, da TV aberta e da TV fechada. E é feita uma média por número de jogos transmitidos em cada plataforma até se chegar ao valor final.
Exatamente por conta dessas variáveis que é impossível atender a demanda do Corinthians de ganhar igual ao Flamengo. Isso vai depender da posição e audiência medida de cada um.
Há ainda um valor a ser pago aos clubes pelo pay-per-view como adicional. Mas o valor será bem menor do que o atual, já que há previsão de redução dos ganhos com a plataforma. Mas os clubes terão um percentual maior desse bolo.
Reportagem
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