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Rodrigo Mattos

REPORTAGEM

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Com apoio da Fifa, CBF reformula diretoria e impactará competições de times

Ao lado do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues (dir), Júlio Avellar (esq) foi anunciado como novo diretor de Competições da entidade - Thais Magalhães/CBF
Ao lado do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues (dir), Júlio Avellar (esq) foi anunciado como novo diretor de Competições da entidade Imagem: Thais Magalhães/CBF

14/04/2022 04h00

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A CBF passa por uma reformulação em sua diretoria com trocas de nomes em áreas importantes como arbitragem, comercial, competições. Há uma aproximação com a Fifa que atuará ativamente nessas mudanças na confederação. Os clubes serão impactados com prováveis alterações em calendários, gestão de competições e na futura Liga.

Quem comanda o processo é o novo presidente eleito da CBF, Ednaldo Rodrigues. Pelos relatos, o dirigente tem conduzido sozinho a reforma enquanto se escora nesta nova aliança com a federação internacional. E as mudanças não acabaram: a tendência é de novas trocas na diretoria da CBF.

Nesta semana, foram anunciadas as demissões dos diretores de marketing, Gilberto Ratto, de competições, Manoel Flores, e de registros, Reinaldo Buzzoni.

Para o departamento de competições, foi escolhido Julio Avellar, que atuava na Fifa na organização de logística de estádios para Copa do Mundo. O perfil do executivo é técnico e vai estreitar as relações entre a CBF e a Fifa.

O departamento é responsável pelo calendário do futebol brasileiro, que não respeita a data-Fifa. O próprio presidente da Fifa, Gianni Infantino, já se mostrou contrariado pelo Brasileiro não parar em jogos da seleção. Há clubes como Flamengo e Palmeiras que já reclamaram da coincidência de datas. Clubes demandavam influência no departamento de competições, mas não tiveram peso na escolha.

Um projeto estudado dentro da CBF é trazer staff da Fifa para ajudar na estruturação da Liga do Brasileiro, que é tocada pelos clubes.

O diretor comercial da CBF, Lorenzo Perales, deve assumir também a diretoria de marketing. Trata-se de um homem de mercado com experiência de 17 anos no Real Madrid. Há expectativa de interação da CBF com a Fifa também nessa área.

Atualmente, a CBF tem nos patrocínios sua principal receita por causa da seleção brasileira. Mas ainda desenvolve pouco comercialmente suas competições como a Copa do Brasil, além de engatinhar em aproveitar outras propriedades como redes sociais —diga-se, o número de seguidores do Brasileiro e Copa do Brasil já é alto em redes.

Para o registro, foi nomeado Ênio Gualberto, funcionário da própria CBF que atuava na área de governança da entidade.

Por fim, na arbitragem, a CBF já tinha nomeado na semana passada Wilson Seneme. Ele era ex-presidente da comissão de arbitragem da CBF e tem participação ativa em comissões da Fifa para tomar decisões sobre arbitragem. De novo, estreita a relação da entidade com a federação internacional.