Rodrigo Mattos

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ReportagemEsporte

Flamengo tem início de 2024 com prejuízo ao investir R$ 192 mi em reforços

O Flamengo fechou os primeiros três meses de 2024 com um déficit de R$ 63 milhões, ao contrário das contas no azul de anos recentes. Há duas explicações: a contratação a vista de De La Cruz e as baixas receitas do Estadual. A expectativa do clube, no entanto, continua a ser de fechar o ano com superávit como em temporadas anteriores.

A receita bruta do Flamengo no primeiro trimestre foi de R$ 171,8 milhões. É um valor baixo para um clube que estima arrecadar R$ 1,145 bilhão na atual temporada. Em comparação, em 2023, o clube conseguira R$ 288 milhões em receita no primeiro trimestre.

A explicação é que, ao contrário do ano passado, o Flamengo investiu mais em contratações e não vendeu atletas. Naquele período, tinha negociado João Gomes. Em 2024, contratou De La Cruz, Léo Ortiz e Viña.

O uruguaio teve o maior peso nas contas porque foi pago a vista já que o River Plate não aceitou negocia-lo. A operação custou aos R$ 102 milhões, sendo R$ 9,73 milhões em comissões e o restante pago ao clube argentino.

Houve um impacto direto no caixa do clube que sofreu queda de R$ 115 milhões. Ainda assim, o Flamengo tem R$ 135,7 milhões disponível em aplicações e investimento.

Os outros dois atletas - Viña e Léo Ortiz - tiveram menos impacto imediato já que vão ser pagos de forma parcelada. Ainda assim, o total do investimento em contratações nessa janela atingiu R$ 192 milhões.

Aliado a esse gasto, as receitas fracas do Estadual deixaram as contas no vermelho em R$ 63 milhões. Em comparação, o clube tivera superávit de R$ 25 milhões no mesmo período de 2024.

O Flamengo, no entanto, continua com visão otimista de superávit ao final do ano. O orçamento de 2024 prevê um superávit de R4 71 milhões.

"Desta forma, era esperado que, neste 1T/2024, o resultado fosse deficitário, como ocorreu. Contudo, este resultado, mesmo negativo - R$ 63 milhões - ficou melhor as expectativas, em função das maiores receitas realizadas em patrocínios, publicidade e licenciamentos. A tendência é que esses números se revertam no decorrer do ano e que o resultado do exercício de 2024 seja superavitário", diz o relatório do clube.

Reportagem

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