Rodrigo Mattos

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Dívida fiscal do Corinthians aumenta de novo e chega a R$ 591 milhões

O balanço do Corinthians de 2023 registra um novo aumento da dívida com o governo. É o segundo maior débito do clube depois do empréstimo com a Caixa Econômica Federal para construção da Neo Química Arena. No total, o Alvinegro deve R$ 591 milhões ao Fisco.

O aumento do débito fiscal no ano passado foi de R$ 86 milhões. No final de 2022, o valor era de R$ 505 milhões.

Ou seja, o clube continuou a escalada de crescimento da dívida tributária iniciada em 2019. Naquele ano, a dívida era de R$ 223 milhões. A nova dívida fiscal foi incluída dentro de um parcelamento de tributos já existente. Trata-se em boa parte de impostos não pagos no ano passado, segundo apurou a coluna.

O Corinthians é o maior devedor do governo entre os times brasileiros, mas não constam ações em execução fiscal contra o clube na Justiça de São Paulo. Na dívida ativa do clube, no site do governo, só constam cerca de R$ 300 mil de uma pendência com o INSS.

Ou seja, todos os valores da dívida fiscal, seja imposto de renda, INSS e FGTS, estão em programas de parcelamento como o PERSE (programa para empresa que realizam grandes eventos). Assim, só pesam sob as contas com o pagamento das parcelas.

Em relação à dívida bruta do Corinthians, o endividamento fiscal representa 30% do total. Só é inferior ao débito com a Caixa Econômica Federal pelo financiamento do estádio, que fechou em R$ 703 milhões no ano passado. De certa forma, esses recursos também vieram do caixa do governo, já que a Caixa atua como repassador do empréstimo do BNDES.

Veja a evolução da dívida fiscal do Corinthians:

  • 2019 - R$ 223 milhões
  • 2020 - R$ 326,8 milhões
  • 2021 - R$ 402 milhões
  • 2022 - R$ 505 milhões
  • 2023 - R$ 591 milhões

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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