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Rodrigo Mattos

Por que orientação da CBF é de marcar pênalti em lance como gol do Inter

Edenílson comemora gol do Inter contra o Red Bull Bragantino - Fernando Alves/AGIF
Edenílson comemora gol do Inter contra o Red Bull Bragantino Imagem: Fernando Alves/AGIF

01/02/2021 17h31

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Eram 10 min do segundo quando Patrick cruzou, a bola bateu na barriga e na mão do Weverton, do Red Bull. Após revisão recomendada do VAR, o árbitro Savio Pereira Sampaio marcou pênalti para o Internacional. A sua interpretação gerou discussão porque houve desvio em uma parte do corpo do defensor, o que poderia tirar a penalidade pela marcação. Mas, no contexto, Sampaio agiu dentro da orientação da CBF para esses casos.

A regra do jogo diz que: "Exceto nas situações acima, não será infração se a bola tocar na mão/braço: Diretamente da cabeça ou corpo (inclusive o pé) do próprio jogador" As situações acima incluem o jogador estar com o braço em posição antinatural, isto é, aberto para bloquear a jogada. Aí cabe a interpretação:

Internamente, os membros da arbitragem da CBF têm um conceito que classifica como diferente quando o jogador disputa a bola ou está em ação de bloqueio. No primeiro caso, com os dois jogadores próximos, a mão não é faltosa. Na segunda, quando o defensor pode prever a trajetória da bola, sim.

Neste sentido, quando o jogador atua em bloqueio, a CBF orienta que é pênalti mesmo que a bola toque em outra parte do corpo antes do seu braço se não houve um desvio significativo da trajetória.

O entendimento dentro da confederação é de que a bola toca na barriga de Weverton, mas não muda muito a direção desta. Assim, não é excluída a infração de pênalti. Se houvesse um desvio grande, aí não haveria o pênalti, na visão da entidade. Para o setor de arbitragem da CBF, a posição do braço em posição antinatural dá uma vantagem tática ao defensor e que ele faz uma ação de bloqueio.

Por essa orientação, portanto, a marcação ou não de pênalti nessas situação depende de o árbitro interpretar se houve ou não um desvio significativo da bola ao tocar no corpo do jogador. Neste caso, Sampaio entendeu que não houve e, portanto, marcou a penalidade.