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RMP: CBF trai o Flamengo. Que paga pela arrogância de seus dirigentes
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É uma vergonha, um descalabro, um absurdo a CBF romper agora o compromisso assumido pelo seu diretor de seleções, Juninho Paulista, que anunciou solenemente, na última convocação, que os jogos dos times que tiveram atletas chamados seriam adiados.
A desculpa esfarrapada é uma suposta pressão da obscura Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol), referendada pela posição dos capitães de 19 das equipes da Série A, que não gostariam que o Brasileiro ultrapasse a data de 5 de dezembro para "não atrapalhar as férias dos jogadores". Baita balela.
Ignorados e esnobados pelo Flamengo, que nem sequer se fez representar nas recentes discussões sobre a volta do público aos estádios, os 19 outros clubes da Série A, unidos à CBF, que também se sentiu menosprezada, resolveram dar o troco de maneira cruel. Tirando do atual bicampeão brasileiro praticamente todas as possibilidades de lutar pelo tri.
Por conta da Copa América, o rubro-negro carioca já atuou em 10 rodadas desfalcado de quatro de seus melhores jogadores: Gabigol, Everton Ribeiro, Arrascaeta e Isla. Com a traição de agora, terá que fazê-lo novamente por mais seis rodadas. Em suma, praticamente um turno inteiro sem suas principais estrelas.
Se os dirigentes rubro-negros tivessem sido menos arrogantes e egocêntricos, não somente nas discussões de volta dos torcedores às arquibancadas, mas em praticamente tudo que se debate no futebol brasileiro, talvez não houvesse união tão ferrenha para prejudicá-lo.
Aqui se faz, aqui se paga. E o time e a torcida é que pagarão a conta, vendo se esfumaçar o sonho de ganhar tudo na temporada. Restam a Copa do Brasil e a Libertadores. Que, naturalmente, deverão passar a ser agora prioridades em relação ao Brasileiro, em que será obrigado a jogar desfigurado.
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