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Libertadores do Flamengo até agora é medíocre

A expectativa (justificada) era de uma goleada. A realidade (frustrante) foi bem diferente. A vitória por 2 a 0, com um segundo tempo em que o fraquíssimo Palestino chegou a ameçar seriamente o gol rubro-negro, voltou a deixar na torcida a impressão de que a ótima campanha no Carioquinha pode não ter passado de um Me Engana Que Eu Gosto.

O desempenho do Flamengo na Libertadores, até agora, é decepcionante. Ainda não enfrentou o jogo mais difícil (o Bolívar na altitude de La Paz) e decepcionou em três do quatro tempos em que esteve em ação.

O melhor foi a primeira etapa no Maracanã. Mas, numa rotina exasperante que o torcedor já conhece, cansou-se de desperdiçar as muitas oportunidades que criou. E, após o intervalo, a equipe murchou a ponto de ser pressionada por um rival medíocre.

Além do belíssimo gol de Pedro, o único motivo que os flamenguistas tiveram para comemorar foi a excelente estreia de Léo Ortiz, que marcou até gol, que garantiu os três pontos e selou o triunfo.

Preocupante foi ouvir, na entrevista coletiva pós jogo, que Tite já quer sentar com a diretoria para saber quais são as prioridades na temporada, como que a admitir, desde já, que não poderá dar a atenção devida às três principais competições da temporada: Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil. Não é muito cedo para fazer tais escolhas?

Não seria melhor estudar alternativas que lhe permitisse alterar escalações e esquemas táticos, de acordo com o desgaste físico dos jogadores e a caracterísiticas de seus adversários? Faz sentido que o time titular e a estratégia para jogar contra o Palmeiras, no Allianz, sejam os mesmos para subir a montanha e encarar o Bolívar?

Com três zagueiros em grande forma, como Fabrício Bruno, Léo Pereira e Léo Ortiz, a possibilidade de jogar com três zagueiros não deveria ser ao menos estudada - e testada? Terá Tite jogo de cintura e flexibilidade para tais desafios? Ou ele acha que a tática dos pontinhas é suficiente?

A partir de agora, a briga será de cachorros grandes. Vejamos como o professor Adenor se sairá em desafios maiores que o Me
Engana Que Eu Gosto do Carioquinha.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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