Rafael Reis

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'Pobre' na Europa, finalista da Champions fatura o dobro do Flamengo

Tratado como "primo pobre" pela elite econômica do futebol europeu apesar de estar mais uma vez na decisão da Liga dos Campeões, o Borussia Dortmund fatura o dobro de dinheiro do clube mais rico do Brasil.

Na temporada passada, a última cujo balanço financeiro já foi divulgado, o adversário do Real Madrid na final da Champions 2023/24 alcançou a marca de 504 milhões de euros (R$ 2,8 bilhões) em receitas.

Mesmo sendo o time mais rico do futebol brasileiro e também o dono do maior faturamento fora dos limites da Europa (os sauditas gastam mais, mas ficam no prejuízo, que é absorvido pelo governo local), o Flamengo não chegou nem à metade desse valor. No ano passado, arrecadou R$ 1,37 bilhão, seu recorde histórico.

De onde vem a grana?

De acordo com relatório da consultoria Deloitte, a principal fonte de renda do Dortmund é de origem comercial (188 milhões de euros, ou R$ 1 bilhão), que inclui o dinheiro pago por patrocinadores e verbas de licenciamento/merchandising.

Em 2022/23, o clube alemão também arrecadou 158 milhões de euros (R$ 876,9 milhões) com diretos de transmissão e 75 milhões de euros (R$ 416,3 milhões) de matchday, verbas recebidas nos "dias de jogo", como ingressos, alimentação e souvenires.

Já o Mercado da Bola rendeu 82 milhões de euros aos alemães (R$ 455 milhões). Quase todo esse dinheiro veio das vendas do centroavante norueguês Erling Haaland e a do zagueiro suíço Manuel Akanki para o Manchester City.

Por que o Dortmund é 'pobre'?

Apesar de ser o 12º clube de maior faturamento do planeta, o Dortmund é visto como "pobre" pela elite da Europa porque não tem capacidade econômica para manter seus principais jogadores. Ou seja, não faz parte do topo da cadeia alimentar de atletas de futebol.

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Normalmente, quem se destaca com a camisa aurinegra por duas ou três temporadas já é logo negociado com uma equipe mais poderosa.

Foi isso que aconteceu com Mario Götze, Matts Hummels e Robert Lewandowski (Bayern de Munique), Haaland (City) e Jude Bellingham (Real Madrid), só para citar alguns dos nomes mais importantes que passaram pelo Signal Iduna Park nos últimos 15 anos.

Já o Real, com quem o Dortmund disputa o título europeu desta temporada, é hoje o clube mais rico do planeta. Suas receitas na temporada passada chegaram à casa de 922,6 milhões de euros (R$ 5,1 bilhões).

Despedida da Champions

A final entre Dortmund e Real, marcada para o dia 1º de junho, no estádio de Wembley (Londres), marcará a despedida da Champions tal qual a conhecemos hoje.

Na próxima temporada, a competição interclubes mais badalada do planeta passará por uma reformulação completa, acabará com a fase de grupos e contará com a presença de 36 equipes na etapa principal.

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O Real é com folga o maior vencedor da história do torneio continental, com 14 títulos. Já o Dortmund disputará a decisão pela terceira vez. Em 1997, conquistou o título sobre a Juventus. Já em 2013, perdeu para o Bayern em uma decisão 100% alemã.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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