Rafael Reis

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City aguarda veredicto e quer fazer nova proposta por Paquetá em janeiro

O Manchester City ainda não desistiu de contar com Lucas Paquetá e aguarda a conclusão das investigações sobre um possível envolvimento do jogador em um esquema irregular de apostas para fazer uma nova tentativa de contratá-lo.

O "Blog do Rafael Reis" apurou que os vencedores da última edição da Liga dos Campeões da Europa estão decididos a fazer uma proposta ao West Ham na janela de transferências de janeiro caso o meia-atacante brasileiro tenha sido inocentado até lá.

O jogador de 26 anos, que também parou de ser convocado para a seleção desde que as investigações vieram à tona e chegou a ser citado como desfalque sentido pelo técnico Fernando Diniz em entrevista coletiva no começo da semana, já prestou depoimento à FA (Federação Inglesa de Futebol) e agora aguarda um veredicto da entidade sobre sua situação.

Interesse do City

Destaque desde a temporada passada, Paquetá era o principal alvo do técnico Pep Guardiola para 2023/24. O City chegou a apresentar uma proposta de 70 milhões de libras (R$ 420,6 milhões) pelo jogador.

Com essa primeira oferta rejeitada, o clube que tem dominado o cenário inglês nos últimos anos estava disposto a continuar na negociação e aumentar sua pedida. Só que aí, descobriu que o brasileiro estava sendo investigado e resolveu abandonar o negócio até que o caso fosse devidamente esclarecido.

Em setembro, quando City e West Ham se enfrentaram pela Premier League, Guardiola fez questão de ir até o jogador e lhe dar um forte abraço. O gesto foi uma espécie de mensagem do tipo "sabemos o que está acontece, mas ainda queremos você aqui".

Na cabeça do técnico espanhol, o meia-atacante é um potencial substituto a longo prazo para Kevin de Bruyne, principal articulador de jogadas da equipe celeste. Nesta temporada, com a lesão sofrida pelo belga, quem tem ocupado a posição é o argentino Julián Álvarez, que possui mais características de atacante do que de organizador.

Quais as suspeitas sobre Paquetá?

A investigação que impediu a transferência do brasileiro para o City nesta temporada começou em março passado e quer descobrir se o jogador recebeu cartões amarelos propositalmente para beneficiar uma rede de apostadores do Rio de Janeiro.

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A FA passou a suspeitar do meia-atacante depois que foi avisada por uma casa de apostas que havia um fluxo incomum de dinheiro empenhado em cartão para o brasileiro vindo da sua região de origem.

Essa situação de coincidência se repetiu outras vezes, a última delas no empate entre West Ham e Bournemouth, em agosto, quando o jogador foi punido já nos acréscimos por empurrar Illia Zabarnyi e reclamar com o árbitro Peter Bankes.

Tanto o Código de Ética da Fifa quanto o regulamento da Federação Inglesa proíbe que jogadores tenham atos premeditados para beneficiar apostadores. Não é necessário nem que o atleta seja beneficiado diretamente (leia-se remunerado) para se configurar fraude.

Em maio, a FA suspendeu por oito meses o atacante Ivan Toney, destaque do Brentford e que vinha sendo convocado pela seleção inglesa, por cometer 256 infrações nas regras impostas ao controle de apostas na Inglaterra. Entre os atos ilícitos cometidos pelo jogador estava apostar em partidas do seu próprio time, mesmo aquelas em que não havia sido escalado e nem poderia interferir diretamente no resultado.

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