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REPORTAGEM

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Enquanto times são prejudicados no apito, cartolas da CBF brigam por poder

Bruno Arleu de Araújo expulsa Patrick de Paula em Atlético-MG x Palmeiras pelo Brasileirão - Fernando Moreno/AGIF
Bruno Arleu de Araújo expulsa Patrick de Paula em Atlético-MG x Palmeiras pelo Brasileirão Imagem: Fernando Moreno/AGIF

15/08/2021 14h12

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Enquanto árbitros erram em campo, mesmo com o VAR à disposição, cartolas da CBF brigam por poder.

A decisão sobre o futuro de Rogério Caboclo, presidente afastado temporariamente da confederação após ser acusado de assédio sexual e moral, deveria ser apenas técnica, mas gerou uma batalha nos bastidores.

No caso de a comissão de ética indicar o banimento do presidente afastado, as federações irão votar para referendar ou não a decisão.

Caboclo precisa de seis votos, caso todas as entidades participem da assembleia, para voltar ao cargo. Tal situação gerou um clima de disputa eleitoral na entidade.

Articulações, aumento da verba paga para presidentes de federações, que votarão sobre a situação de Caboclo, e briga na Justiça contra intervenção na entidade ocupam os cartolas da confederação.

Enquanto isso, clubes são prejudicados por arbitragens ruins. Foi o que aconteceu no último sábado (14) com o Palmeiras, que viu Patrick de Paula ser expulso no primeiro tempo após escorregar em lance com o atleticano Jair na vitória do Galo por 2 a 0.

Na súmula, o árbitro Bruno Arleu de Araújo escreveu que Patrick, que já tinha amarelo, atingiu "com sua perna, de forma temerária, a perna de seu adversário".

O árbitro também expulsou Abel Ferreira sem mesmo entender o que treinador palmeirense disse no momento da expulsão.

Na súmula, Araújo explicou que o técnico recebeu cartão vermelho "por ter, após a expulsão do atleta da sua equipe, protestado reiteradamente e acintosamente, com gestos e palavras (que não foram possíveis identificar o que foi falado), contra a decisão da arbitragem".

O técnico português está furioso com as duas expulsões. A má notícia para ele é que o pessoal na CBF está muito mais preocupado com a disputa de poder do que em tomar medidas que diminuam os erros de arbitragem no Brasileirão.

Por sua vez, os clubes tentam ter votos com peso igual aos das federações e organizar uma Liga.

Enquanto isso, a má arbitragem vai acumulando vítimas no Brasileirão. Cabe aos cartolas das agremiações, de forma unida, exigirem que a CBF tome medidas urgentes para reduzir o número de erros.

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