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Mauro Cezar Pereira

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Atribuir favoritismo ao Flamengo contra o Corinthians: uma velha estratégia

Ayrton Lucas é marcado por Rafael Ramos em jogo entre Corinthians e Flamengo pelo Brasileirão - Ettore Chiereguini/AGIF
Ayrton Lucas é marcado por Rafael Ramos em jogo entre Corinthians e Flamengo pelo Brasileirão Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

Mauro Cezar Pereira

02/08/2022 01h33

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Corinthians e Flamengo se enfrentarão às 21h30 na Neo Química Arena, abrindo o duelo pelas quartas de final da Copa Libertadores. Como sempre acontece antes de um grande confronto, a criativa pergunta se repete nos programas esportivos, nas ruas e redes sociais: "Quem é o favorito?"

Questão de opinião, obviamente. Mas não é só. A resposta pode ter embutida uma ideia muito conhecida: jogar para o adversário o rótulo de "favorito" empurrando para o outro lado o "já ganhou", a pecha de arrogante, mesmo que ninguém tenha falado algo sobre isso na equipe oponente.

Atual campeão da Libertadores, o Palmeiras usa desse recurso com frequência. No ano passado foi assim quando se aproximava o primeiro cotejo diante do Atlético Mineiro. De fato o Galo vivia melhor momento, mas os palmeirenses não eram zebra. E avançaram.

Mas afinal, qual a vantagem de apontar o favoritismo para o rival? Reduzir a pressão pela vitória, transferi-la, criar um clima de que o outro time já se considera vencedor. E isso acontece, insisto, mesmo sem que qualquer pessoa do apontado como "favorito" tenha dito algo que justifique essas conclusões.

Antes desse Corinthians x Flamengo surgem palpites apresentados como se fossem resultado de elaborada tese. Neles, os rubro-negros seriam favoritíssimos. Como se o elenco corintiano fosse fraco, comandado por um treinador qualquer e sem reforços internacionais recentes, como Balbuena, Fausto Vera e Yuri Alberto. Jogadores que se reuniram a um elenco já recheado de nomes relevantes.

Pode ser que o Flamengo seja levemente favorito no confronto, nos dois jogos. Pode ser. Mas um mata-mata como esse envolve muito mais. Há a mobilização, a preparação ainda maior para as partidas, a concentração, a disposição para deixar tudo no campo de jogo.

Chega a ser pretensioso afirmar que há um time muito mais próximo da classificação antes de a bola rolar. Ou parte de uma estratégia mesmo.

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