Mauro Cezar Pereira

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Certo ou errado, árbitro em Goiânia marcou contra Atlético e Flamengo

A atuação do Flamengo foi pífia, pior do que a do árbitro André Luiz Policarpo Bento. Sim, pois o time comandado por Tite errou mais do que o apitador, na sua pior partida em 2024 até aqui.

O juiz de Atlético Goianiense 1 x 2 Flamengo acertou mais do que se equivocou. Contudo, na opinião da coluna, cometeu grave e decisiva falha no lance que decidiu o duelo, nos instantes finais.

A penalidade marcada contra o time local após intervenção do VAR (Wagner Reway) decidiu o confronto. Maguinho apenas saltou para cabecear e, quando seu corpo descia, o braço alvejou Bruno Henrique.

Lance acidental como o choque de cabeça entre Viña e Adriano, a diferença é que ambos se machucaram e tiveram que deixar a peleja, até por prevenção. O pênalti foi uma decisão capital.

Mas ir às redes sociais insinuar que o árbitro encomendou o resultado é postura leviana. Exceto se o sujeito tiver provas. Até porque ao longo do jogo ele mostrou exatamente o contrário.

Nos mais de 100 minutos com os acréscimos, o árbitro de 29 anos, mineiro de Sabará, marcou o que achou que deveria. E contra ambos os times, o da casa e o visitante, o "grande".

O fato é que se o árbitro quisesse mesmo prejudicar o conjunto goiano, não daria pênalti contra o Flamengo. Bastaria alegar que Luiz Felipe atrapalhou a reposição de bola do goleiro Rossi.

Como o ato do atleticano foi anterior ao safanão nele desferido pelo flamenguista, ficaria ali assinalada a infração. Mas ele apontou penalidade máxima. Isso é atitude de quem quer fabricar resultado?

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Antes, Alejo Cruz chutou o rosto de Ayrton Lucas, mas ficou só no cartão amarelo. Pelo Flamengo, Willian Arão foi expulso contra LDU (Libertadores) e Del Valle (Recopa), duas vezes, por lances idênticos.

Óbvio que o apitador da partida de domingo no Serra Dourada poderia ter expulsado o atacante uruguaio contratado ao Danubio. Mas apenas o advertiu? Isso é atitude de quem quer fabricar resultado?

O árbitro acertou na expulsão de Alix Vinicius, no pênalti tolo de Léo Pereira, foi tolerante com Alejo, seguiu o auxliar e o VAR na anulação do gol de Baralhas, mas errou pelo rigor na marcação do penal no fim.

Contudo, suas decisões polêmicas, entre elas a penalidade máxima contra o Atlético, são discutíveis. Muita gente achou que ela foi bem assinalada, até o que restou da Central do Apito.

Discordo, mas são lances que geram discussão, debate, característicos da (fraca) arbitragem brasileira. Rotular um árbitro insinuando desonestidade sem provas por falhar como tantos outros é... desonesto.

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Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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