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OPINIÃO

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Digo 'não' a Kaká porque com ele não haverá mudanças na seleção brasileira

Kaká e o presidente Ednaldo Rodrigues, em visita à sede da CBF antes da Copa do Qatar - Reprodução/Instagram
Kaká e o presidente Ednaldo Rodrigues, em visita à sede da CBF antes da Copa do Qatar Imagem: Reprodução/Instagram

Colunista do UOL

10/02/2023 17h07

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Dizer não ao Kaká como diretor de seleções na CBF é dizer não à hipocrisia. Durante e depois da Copa do Mundo do Qatar, em 2022, as "máscaras" do Kaká caíram. Ele se mostrou irônico e superficial. Também se mostrou sem ideias e sem respeito.

Falou que Ronaldo é reconhecido e respeitado no mundo todo, mas no Brasil seria só mais um gordo andando pela rua, demonstrando ser preconceituoso de diversas maneiras. Depois, o ex-jogador pediu desculpas pela fala.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, acertará na mosca se escolher Carlo Ancelotti ou Abel Ferreira. Mas, se levar o Kaká junto, o perfil da CBF não mudará em nada. Continuará tendo influência de pessoas que tiram vantagem por ficarem colados na seleção brasileira.

Com o Kaká, continuaremos sem representatividade, como foi com o Juninho Paulista, porque o perfil é o mesmo. Não é porque é um pentacampeão que tem personalidade para ser diretor de seleções da CBF.

A grande maioria dos jogadores da seleção de 1982 tem muito mais personalidade e representatividade do que ele.

Paulo Roberto Falcão, Toninho Cerezo, Oscar, Edinho, Zico, Júnior, Éder —só para citar alguns que já foram ou são treinadores, auxiliares, dirigentes — são admirados no mundo todo, com experiência, e o Ancelotti conhece todos muito bem e, obviamente, o Abel também.

É necessário mudar a cara da seleção brasileira, de quem anda ao redor e, principalmente, de quem usufrui de uma maneira ou de outra. São alguns ex-jogadores que têm interesses pessoais com a seleção, empresários de jogadores e outras pessoas que tentam tirar alguma vantagem com a proximidade.

Estou indo na mesma linha dos jornalistas Menon e Juca Kfouri, que têm coragem de se mostrarem contra a presença do Kaká na direção da seleção brasileira.

Mas, da mesma forma que somos totalmente independentes, terão aqueles que torcem pelo Kaká para terem uma "fonte".