Maior "garçom" da Ponte, Diego Renan recorda carreira e busca novo time
Sem clube desde que deixou a Ponte Preta, Diego Renan tenta retomar a carreira aos 29 anos. O lateral esquerdo ainda espera uma proposta, mas ostenta no currículo números importantes, sobretudo na Série B do Campeonato Brasileiro 2019.
Mesmo que tenha deixado o time de Campinas em outubro passado, depois de 31 rodadas pela Série B, o lateral terminou o torneio como melhor garçom da equipe.
"Pela questão financeira do Figueirense, apareceu a oportunidade de acertar com a Ponte Preta. Fiz um acordo no Figueirense e fechei com a Ponte. Foi uma temporada bem satisfatória, tive uma sequência muito boa. Foi um número de jogos bom para uma temporada. Saio triste, porque poderia ficar até o final, mas a diretoria achou que o planejamento para 2020 já estava na hora de acontecer. Decidimos não ter continuidade para a próxima temporada. Foi uma temporada muito proveitosa, sobretudo em números", disse ao UOL Esporte.
"Só para frisar. Eu fui o líder de assistências da Ponte Preta na Série B, maior número de passes para finalizações da equipe. A gente vive de dar assistências e fazer uns golzinhos também. Eu acompanho meus números, porque hoje a gente tem a tecnologia. Isso evoluiu muito. Há dez anos, a gente não tinha tanta coisa quanto hoje. As ações dentro do jogo, quantos metros percorridos por velocidade. Não define muito quem é o jogador, mas ajuda bastante. Lateral com assistência, hoje em dia, é complicado", acrescentou.
Mas Diego Renan não quer viver somente do passado. Ele, na verdade, espera que o ocorrido anteriormente o ajude a chegar a um novo clube em 2020.
"Estou preparado para novos desafios. Eu não tenho nada concreto, mas estou trabalhando para que as coisas aconteçam no tempo certo. Meu pensamento é sempre estar fazendo o meu melhor, sempre me empenhando para ajudar a equipe de todas as maneiras, onde quer que eu esteja. Tenho intenção de jogar em grandes clubes, mas está nas mãos de Deus", comentou.
"Faço o meu melhor, tenho que fazer o meu melhor sempre. Eu tenho que me preparar para 2020. Assim que surgir a oportunidade, tenho que trabalhar mais uma vez. Meu pensamento é estar sempre em alto nível, sempre buscando aperfeiçoar", concluiu.
Diego Renan se lembra também do que fez nos clubes anteriores. Em entrevista ao UOL Esporte, ele falou sobre as outras passagens:
CRUZEIRO
"Início muito rápido. Eu joguei Copa São Paulo e, depois, fui integrado ao elenco profissional. Naquela época, tinha o Athirson, o Sorin, o Magrão que também jogava na lateral. Quando chegou mais na reta final da Libertadores, o Adilson passou a dar mais chances para os reservas. Foi assim que comecei a jogar. O Sorin, o Athirson, o Fernandinho estavam machucados. O Magrão foi embora e apareceu a oportunidade de eu jogar mais no clube. Foi um clube que me deu oportunidade de crescer, me tornar profissional e me tornar homem. É uma vida que a gente tem dentro do clube e, com certeza, fica o carinho".
"O ano que o Cruzeiro foi para a final da Libertadores, até a final da Libertadores, como o Adilson estava priorizando a Libertadores, a gente teve uns resultados que não foram tão bons no Brasileiro. Foi um ano bom para mim principalmente. Eu tive uma sequência grande de jogos, foi muito importante para mim. Comecei o ano já jogando, tendo uma sequência e me mantendo na equipe. Em 2010, a gente começou com o Adilson. A gente saiu para o Ipatinga na semifinal do Mineiro, entrou com o time misto e acabou desclassificado. A campanha do vice-campeonato brasileiro daquele ano foi quase toda com o Cuca. Na época, tinha o Roberto Carlos e o Kleber. Foi sequência da temporada de 2009. Foi um ano para completar o início rápido e meteórico que tive com a camisa do Cruzeiro".
CRICIÚMA
"Não partiu de mim, nunca tive intenção de sair do clube, mas por questões de negociações do clube, acabei sendo envolvido em uma troca do Cruzeiro com o Criciúma. À época, o Lucca foi para o Cruzeiro. Alguns jogadores foram para o Criciúma. O clube me recebeu muito bem, mas foi onde tive um dos maiores problemas e decepções da minha carreira. Fiquei quatro meses lá, machuquei o joelho, ligamento, e tive que voltar para o Cruzeiro para fazer cirurgia. Eu fiquei mais tempo recuperando da cirurgia e joguei pouco. Qualquer lesão que a gente fica parado atrapalha de alguma forma. Foi um momento de aprendizado, cresci e tirei lições. A gente estar jogando é uma coisa, mas ficar fora por lesão durante cinco ou seis meses é diferente. Foi um momento bom para que pudesse crescer".
VASCO E VITÓRIA
"No Vasco, em 2014, eu cheguei depois de um tempo parado por causa da lesão e, mesmo assim, consegui jogar a temporada inteira. Joguei 47 jogos, tivemos um acesso para a Série A. Eu retornei para o Cruzeiro em 2015 e fiquei até abril treinando, sem fazer parte do elenco, mas mantendo a parte física e a atividade. No final de abril de 2015, acertei com o Vitória. O Cruzeiro é a maior de todas, mas o Vitória foi um clube que me deu oportunidade. Eu tenho um carinho muito grande. Eu tive um momento muito bom. Foi um ano e meio, com uma temporada e meia muito bem. Foi um ano muito bom, fui um dos artilheiros do time na temporada, um dos melhores em assistência. Foi um período muito marcante da minha carreira, um dos melhores. 2015 e 2016 foram anos muito especiais".
CHAPECOENSE
"Foi uma temporada especial, até pelo que tinha acontecido. Eu nunca joguei tanto quanto no Vitória. Na Chape, acho que fiz 18 jogos, mas o aprendizado e a lição do que a gente viveu em 2017 vão ficar marcados para a minha vida. A equipe foi renovada, não era só futebol. Fica marcado, porque é um ano que tivemos todas as dificuldades do mundo, toda a tristeza que a cidade vivia ainda. Conquistamos o Catarinense, conquistamos a pré-Libertadores. Além do futebol, é uma temporada que, para mim, vai ficar marcada. Foi onde meu filho nasceu. Tem um significado muito especial para a minha vida. Em 2018, fui para o Figueirense, conquistei mais um título estadual. Tivemos problemas financeiros, o que estourou em 2019. Mas isso já vinha desde o ano passado, o clube encontrava uma dificuldade financeira muito grande. Conquistamos o título catarinense, mas não conseguimos o acesso à Série A. Para mim, foi bom, gostei de 2018, joguei vários jogos. A gente pode ter jogado um pouco menos na Chape, mas a gente vai tirando lição de tudo. São questões financeiras, atividades do futebol. A gente vai aprendendo bastante".
"Uns dois, três meses passaram e a gente sentia isso. Como só tinha a Chapecoense como lazer, com os jogos e a equipe que estava sendo montada, a gente sentia na rua que todos davam abraço, ficavam emocionados. Eu nunca vivi em qualquer outro lugar. Foi uma situação totalmente diferente".
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