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Cardinals e Steelers buscam consagração com armas diferentes na decisão

Do UOL Esporte<br/> Em São Paulo

30/01/2009 13h00

Maior evento do esporte norte-americano, o Super Bowl deste domingo, às 21h (de Brasília) será acima de tudo um confronto de estilos e histórias totalmente diferentes. De um lado, a equipe mais eficiente na defesa, com um quarterback consistente e que explora basicamente os lançamentos em curta distância. Do outro, o segundo melhor ataque da NFL, com um quarterback que arrisca demais e prioriza os passes de longa distância.

Fotomontagem UOL
Warner e Roethlisberger são os líderes de cada equipe e têm estilos diferentes. Veja quais os principais embates do Super Bowl.
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O Pittsburgh Steelers aposta em um dos sistemas defensivos mais sólidos de todos os tempos para tornar-se o maior vencedor da história da NFL. Atualmente, a equipe divide o posto com Dallas Cowboys e San Francisco 49ers, todos com cinco troféus.

A equipe foi a que menos cedeu jardas aos adversários através de passes com uma média de 156,9 jardas na temporada regular. Para se ter uma ideia, o segundo foi o Baltimore Ravens com 179,7. Nas corridas, os Steelers têm a segunda melhor defesa, cedendo apenas 80,2 jardas em média aos rivais. Com isso, o time foi o que menos sofreu pontos na primeira fase e teve um trabalho vital do setor para eliminar San Diego Chargers e Baltimore Ravens nos playoffs.

Porém, o adversário do Super Bowl não poderia mais apropriado para confrontar a virtude dos Steelers. O Arizona Cardinals foi a segunda equipe com mais jardas obtidas em passes na temporada regular (média de 292,1, atrás apenas do New Orleans Saints), tem os dois wide receivers com mais touchdowns na temporada (Larry Fitzgerald e Anquan Boldin) e conta com um quarterback (Kurt Warner) especialista em passes de mais de 50 jardas.

As fraquezas das duas equipes também estarão frente a frente no campo. Os Steelers sequer ficaram entre os 20 melhores em jardas obtidas por corridas, situação em que a defesa dos Cardinals também ficou entre as 15 piores da Liga. A maior preocupação dos defensores da franquia de Arizona será parar os wide recievers Santonio Holmes e Hines Ward, este o destaque no Super Bowl de 2005, o último vencido pelos Steelers.

AP
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Aliás, se a franquia de Pittsburgh pode tornar-se a equipe com mais títulos na história, o Arizona Cardinals disputará apenas o seu primeiro Super Bowl. A franquia foi criada em 1920, mas jamais chegou tão longe na NFL. Até esta temporada, ela era a única de toda Conferência Nacional que nunca havia chegado sequer à final da Nacional.

Mas a história mudou com o renascimento de Kurt Warner. Após ser "encostado" pelo Saint Louis Rams, equipe pela qual obteve o título em 2001, e amargar muitas críticas na temporada passada, o quarterback chegou até a ser dado como provável reserva, mas venceu a disputa com Matt Leinart.

As partidas confirmaram que a aposta do técnico Ken Whisenhunt estava certa. Warner formou uma parceria notável com Boldin e Fitzgerald, conduziu o time ao primeiro lugar da Divisão Oeste e os playoffs trataram de colocar o elenco na história dos Cardinals. Agora, a equipe de Arizona tenta contrariar novamente os prognósticos, que dão os Steelers como favoritos ao título.

"Queremos muito colocar estes anéis (objeto dado a cada jogador que vence o Super Bowl) nos nossos dedos e sabemos que podemos. Tenho muita confiança nesta equipe", disse Warner, de 37 anos, 11 a mais que o seu companheiro de posição Ben Roethlisberger, dos Steelers.

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Pelo lado da equipe de Pittsburgh, uma das principais armas será o safety Troy Polamalu, líder de interceptações dos Steelers no ano e um dos melhores da posição na NFL. Ele fará um duelo particular com Fitzgerald, tentando parar o wide receiver na decisão.

A partida terá provavelmente o estádio lotado, já que 71 mil dos 72,5 mil ingressos colocados à disposição foram vendidos até esta quinta-feira. No ano passado, mais de 97,5 milhões de pessoas assistiram ao Super Bowl apenas nos EUA, sendo a segunda maior audiência da história na televisão norte-americana. No mundo, a previsão é que mais de 150 milhões assistam ao duelo deste domingo, cerca de 6 milhões a mais do que em 2008.

Além do jogo, outra atração será o tradicional show realizado no intervalo da partida. Neste ano, o convidado será Bruce Springsteen, que deverá cantar três músicas nos pouco mais de dez minutos previstos para o espetáculo.