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Tales Torraga

REPORTAGEM

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Reforço do Flu: como foi a frustrada passagem de Cazares pelo River Plate

Cazares joga pelo River no Monumental em 2013 - Divulgação River Plate
Cazares joga pelo River no Monumental em 2013 Imagem: Divulgação River Plate

Colunista do UOL

17/04/2021 12h00

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O rápido acerto com o Fluminense colocou o meia equatoriano Juan Cazares em situação curiosa. Ele vai se reencontrar na Libertadores da América com o River Plate que o revelou para o futebol há exatamente uma década.

Cazares está com 29 anos e despontou em Núñez como um prodígio, alimentando previsões que indicavam para si um futuro maior até que os de Pablo Aimar e Javier Saviola. Na Libertadores Sub-20, disputada em 2012, foi campeão e craque do torneio, batendo inclusive o Corinthians na semifinal por 2 a 0, marcando um golaço - para os argentinos, um gol digno de Maradona, principalmente para quem carregava a histórica camisa 10 do River.

A estreia de Cazares nos profissionais ocorreu um pouco antes, em jogo da Copa Argentina realizado em dezembro de 2011. Ele ainda entraria no time principal outras cinco vezes, se despedindo do River em 2013 com seis jogos disputados (sem gols ou assistências). O técnico era Matías Almeyda, e o dono da posição era Manu Lanzini, de igual passagem por River e Fluminense. O River acabara de voltar à Série A da Argentina e exigia uma entrega que Cazares não foi capaz de oferecer.

Em 2013, Almeyda e Cazares se reencontraram no Banfield e brilharam na Série B argentina, conquistando o título com um futebol criativo e bastante técnico. Quando muitos imaginavam que o River o reintegraria do empréstimo para enfim aproveitar sua maturidade, o clube acertou com o treinador Marcelo Gallardo, que abriu mão de Cazares e foi buscar o meia Leonardo Pisculichi, essencial para os primeiros títulos de seu ciclo.

Foi o que colocou Cazares no Atlético-MG, onde brilhou e foi "bad boy" nas mesmas proporções, ouvindo um elogio considerável de quem tem propriedade para falar de ambos os assuntos, o ex-ponta Éder Aleixo: "Não existe ninguém no Brasil como ele. Joga demais. Poderia estar em qualquer clube grande da Europa".

No Corinthians, durou só 27 jogos, indo do entusiasmo à liberação para o Fluminense em pouquíssimo tempo, plantando a dúvida sobre o que ele enfim fará no principal campeonato do continente a partir da próxima semana.